sábado, 20 de março de 2010

Só se perdem as que caem no chão...

Fico sem saber o que pensar quando ouço os “jovens”, a quem inexplicavelmente algumas televisões dão voz, relatar a sua versão dos acontecimentos sempre que está em causa uma intervenção mais musculada das forças de autoridade. Invariavelmente alegam que estão em amena cavaqueira uns com os outros, sossegados, sem fazer mal a uma mosca e que são os policias – conhecidos desordeiros como toda a gente sabe – quem surge do nada e desata a dar pancada como se não houvesse amanhã.
Confesso que por vezes me sinto tentado a acreditar nesta versão. Bem vistas as coisas dar uma carga de porrada em certa malta – nomeadamente aquela que no meio do discurso mete umas quantas palavras estrangeiras - é um desejo comum à esmagadora maioria da população. Por mais que isso custe aos multiculturalistas apaneleirados que de vez em quando também debitam umas patacoadas a propósito dos tabefes que por aí vão sendo distribuídos.
Mas o que verdadeiramente me intriga é que os tais “jovens” nunca alegam ter sido espancados enquanto estão a trabalhar. Das duas, uma. Ou existe aqui uma grave falha da polícia, que não vai aos locais de trabalho dessa “juventude”, ou então essa rapaziada não trabalha. Esta segunda hipótese, a verificar-se, poderá ter como álibi a elevada taxa de desemprego que por cá se regista. Embora, mas deve ser desatenção minha, também não me ocorra nenhum caso de alegada violência policial quando algum destes “jovens” andava à procura de emprego…

4 comentários:

  1. Respondo com o teu título...e maisnada:)

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  2. Se somarmos um ensino que nada ensina a um desemprego galopante, é natural que a número de rapaziada na rua continue a aumentar. Entretanto, os boys a soldo da política nunca levaram nenhuma cassetada de polícia nenhuma.

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  3. Essa gente que fala para as televisões, depois de levarem com uma carga de porrada da polícia, dão-me náuseas. Nunca fizeram nada de mal, estavam na rua a contar as estrelas,não atiraram pedras e... a polícia bateu-lhes...
    Porque é que não voltam para as suas terras?
    Compadre Alentejano

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  4. É chic e giro falar nnos órgãos de comunicação social, e, mais giro ainda aparecer na TV nacional...
    Aproveita-se o momento de protagonismo e fala-se... O que se sabe dizer: Disparates e distorções dos factos.
    MFCC

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