Lamento não partilhar o sentimento de indignação que assola a blogosfera lusa a propósito da decisão do congresso social-democrata de impor a lei da rolha aos militantes do partido nos sessenta dias que antecedem um acto eleitoral. Não é medida que me surpreenda, nem que mereça tanto alarido, dado que de inédito tem muito pouco. De uma ou outra forma todos os partidos políticos tem, ao longo de todos estes anos de democracia, feito o mesmo relativamente aos seus militantes mais rebeldes ou que ousem levantar a voz contra o líder. Um pequeno exercício de memória, coisa que há muito pouca na política, levar-nos-ia a encontrar um número apreciável de casos em que a pena agora implementada no PSD foi, se calhar de maneira mais encapotada, usada para afastar as vozes mais incómodas.
O que me causa um espanto incomensurável é que uma proposta - qualquer que ela seja - apresentada por Santana Lopes, consiga obter mais que dois votos. Mesmo que isso aconteça num congresso do PSD. É deprimente. Que dois terços dos congressistas sociais-democratas o tenham feito é que é, de facto, algo que devia preocupar o país. Ou, adaptando o lamento que os portugueses tanto gostam de repetir, “é a oposição que temos!”
segunda-feira, 15 de março de 2010
A oposição que temos!
Lamento não partilhar o sentimento de indignação que assola a blogosfera lusa a propósito da decisão do congresso social-democrata de impor a lei da rolha aos militantes do partido nos sessenta dias que antecedem um acto eleitoral. Não é medida que me surpreenda, nem que mereça tanto alarido, dado que de inédito tem muito pouco. De uma ou outra forma todos os partidos políticos tem, ao longo de todos estes anos de democracia, feito o mesmo relativamente aos seus militantes mais rebeldes ou que ousem levantar a voz contra o líder. Um pequeno exercício de memória, coisa que há muito pouca na política, levar-nos-ia a encontrar um número apreciável de casos em que a pena agora implementada no PSD foi, se calhar de maneira mais encapotada, usada para afastar as vozes mais incómodas.
O que me causa um espanto incomensurável é que uma proposta - qualquer que ela seja - apresentada por Santana Lopes, consiga obter mais que dois votos. Mesmo que isso aconteça num congresso do PSD. É deprimente. Que dois terços dos congressistas sociais-democratas o tenham feito é que é, de facto, algo que devia preocupar o país. Ou, adaptando o lamento que os portugueses tanto gostam de repetir, “é a oposição que temos!”
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Também não faço "alaridos" porque todos já o fizeram sobre todos, e todos mereciam eram uma rolha na boca, um vencimento ou reforma mínima e sem as mordomias (água, luz, cartões de crédito etc, etc.) com que se pavoneiam.
ResponderEliminarQuanto a Santana Lopes nada me admira porque segundo a história todos os D.Juan safam-se e bem o que é preocupante.
Se o PSD já estava dividido agora ficou tripartido para gaudio de partidários como o Alberto Jardim e não só!
Eu não perco tempo a ver excertos de congressos, onde já à partida se sabe o que vai acontecer...
ResponderEliminarOs candiatos parecem que são de outros partidos, outras ideologias, em vez de um único Partido Solial Democrada.
Quem fez bem foi o AAJardim!
O dr Marcelo Rebelo de Sousa é que se devia candidatar de modo a vermos por em prática aquilo que afirma e diz n'"As Escolhas de Marcelo" e vê-lo na liderança do PSD e se possivel a formar um governo.
O Santana é (era) 1 playboy de Lisboa, mas sempre mau político...
Entre os líderes: Pedro Passos Coelho, Aguiar Branco e Paulo Rangel a escolha é...
Vamos saber no próximo congresso (a minha escolha é AB)
:D
MFCC