Corria o ano de dois mil e oito quando os plátanos que ladeiam o percurso por onde em tempos passava a antiga estrada nacional quatro, umas centenas de metros antes da Fonte do Imperador para quem se desloca de Évora para Estremoz, foram alvos de um ataque selvático em forma de poda. Apesar do argumento que aquele tipo de intervenção não prejudicaria as árvores e que é de todo o interesse retirar ramos secos, que podem constituir uma ameaça à segurança das pessoas que eventualmente por ali passem, nunca me convenci da inocência da coisa.
Passado todo este tempo dou a mão à palmatória. Sou mesmo parvo. Afinal as árvores voltaram a crescer e não tarda - afinal a Primavera está aí – vão estar cobertas de folhas e proporcionar sombras magníficas. Tal como acontecia antes da inteligente intervenção de carácter técnico que as amputou de todos os seus ramos mas que lhes proporcionou um revigorado e saudável crescimento.
Apenas um pequeno senão me continua a inquietar. Uma coisa insignificante que, com toda a certeza, os técnicos que decidiram a dita selvajaria – sim porque decidir estas coisas é assunto para técnicos, não foi? – explicarão facilmente. Não consigo entender porque razão os plátanos de um dos lados estão a crescer e a voltar ao normal, enquanto os do outro continuam como no dia em que foram cortados. Do lado dos que crescem está plantada uma vinha e do lado dos que não crescem foram, pouco tempo antes da dita “intervenção”, plantadas árvores de fruto. Será que está provado cientificamente que plátanos públicos não crescem se por perto existirem árvores de fruto privadas, mesmo que os primeiros tenham sido plantados dezenas de anos antes das segundas?!
Não faço a menor ideia, apenas te posso dizer que as árvores centenárias da minha rua (algumas já imensamente apodrecidas e na eminência de cairem)foram abatidas devido a obras de fundo que duraram ano e meio. Passeios mais estreitos, com bancos, canalizações...enfim tudo o que realmente já era mais que necessário! No seu lugar puseram uns troncos de uma espécie que dizem "ser de crescimento rápido mas de baixo porte". O ano passado, precisamente no dia 21 de Março rebentaram, floresceram e mesmo baixas davam uma sombra deliciosa e um perfume agradável.
ResponderEliminarEm Dezembro ou Janeiro andaram a podar e os 4 marmelos com uma mota serra, cigarro na boca obedeciam às ordem de dois cavalheiros que achei uma poda excessiva, mas nada disse porque não percebo nada de podas. Uma delas é mesmo aqui em frente à minha janela.
Certo ou errado...até agora nem uma ainda deu mostras da primavera e cá estão tristemente despidas. Já andei a ver e não se vislumbra nenhum rebento!
Por Sintra há uma abaixo assinado (pus no meu blogue) com respeito à poda e sobretudo dos plátanos que tem sido uma afronta dos diabos.
Agora vejo que afinal é um pouc por todo o páis! Que tristeza!
Os ditos técnicos devem perceber muito de podas e empas, mas é de outro tipo de árvore, porque destas, definitivamente só deram "cabo" delas!
ResponderEliminarEm todo o lado andam numa lapidação das árvores, mas isto tem a ver com a Primavera, rebentação e renovação das árvores, mas felizmente estes verdadeiros técnicos sabem o que estão a fazer.
No verão com toda a certeza vamos ter 1 sombrinha gostosa nas nossas esplanadas!
MFCC
Aí anda certamente a mão de alguém que não quer os plátanos a deixarem cair as folhas e a produzirm sombra para o "seu" lado...
ResponderEliminarAbracinho
Na parte da vinha, os plátanos aproveitam a boa adubação e a rega. No outro, como não deve haver o mesmo tratamento, não desenvolvem...
ResponderEliminarCompadre Alentejano
Caro amigo
ResponderEliminarCumpre-me informar que aproveitei o tema deste post para a minha habitual crónica no jornal Brados do Alentejo. Vai ser publicada amanhã e será igualmente publicada nos blogues ad valorem e EstremozNet
Cumprimentos
Já agora deixo também o meu comentário. Depois de constatar in loco com essa acção maquiavélica que foi cometida contra quem não se consegue defender.Quem mandou executar esta obra digna de exemplo, quando for cortar o cabelo ao cabeleireiro, se este aparasse o mesmo pelo pescoço desse cidadão, certamente, que fazia um favor à nação...
ResponderEliminarEsse cidadão exemplar devia pagar severamente pelo aquilo que fez.
Para mim enquanto estremocense é Persona non grata .