Como era esperado o Presidente da República enviou o diploma que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo para o Tribunal Constitucional. Por mim acho mal. Se o Estado fosse uma empresa, ou dispusesse de contabilidade organizada e tivesse que proceder ao apuramento de custos, seria interessante saber quanto custou já ao erário público toda a discussão, nos órgãos de soberania, à volta deste assunto que de relevante para o interesse nacional nada tem. Era bom que se pudesse quantificar, em nome da tão reclamada transparência, quais foram os custos reais que os contribuintes portugueses tiveram de suportar relativamente ao tempo que duzentos e trinta marmanjos - e marmanjos bem pagos, sublinhe-se – discutiram a aprovação desta medida. Para não falar do tempo que, antes e depois da aprovação, outros da mesma laia igualmente pagos com o dinheiro dos nossos impostos gastaram ou vão gastar com este assunto que, perdoem-me os interessados e os defensores da causa, não passa de um fait-divers.
É por isso que entendo que o melhor era aprovar logo aquilo. Os gajos e as gajas que se casem uns com os outros - ou umas com as outras - sejam felizes, façam grandes festas de casamento, paguem mais irs, divorciem-se e voltem a fazer tudo de novo. Vão ver que é bom para todos. Criam-se mais postos de trabalho, nomeadamente na indústria do casamento, na área da justiça para tratar dos divórcios e dinamizam-se sectores da economia que, com a diminuição dos casamentos normais, corriam o risco de ter de encerrar.
Era por isso escusada esta atitude do Presidente da República. Principalmente quando estamos em presença de um arguto economista a quem estas coisas não deviam escapar, que não se cansa de demonstrar as suas preocupações com a crise e de apelar ao entendimento para encontrar soluções que ajudem a ultrapassá-la. Era tempo, digo eu, de ir dando o exemplo.
A meu ver também não havia necessidade porque é algo que há anos deveria existir, mas sendo o PR tão católico, mas tão católico..., que deve ter encontrado uma "virgula inconstitucional a mais"... e invocas bem no que toca a gastos públicos e sendo ele economista quando deixar de ser PR ainda ouviremos ouvir coisas/receitas como é hábito dos que já estiveram no poder.
ResponderEliminarÉ tudo farinha do mesmo saco!
A Cavaco Silva escaparam muitas coisas, não só isso.
ResponderEliminarTambém acho que era uma coisa perfeitamente evitável. Mais dia menos dia será aprovado este tipo de casamento, mas...as presidenciais aproximam-se, e com elas os votos de toda a Santa Madre Igreja. Estas contas sabe ele fazer,já frequenta os meandros da politica há muito.
ResponderEliminarPara evitar mais merd*s era só votar ou a favor ou contra em vez de andar para aqui a fazer papelões, de falso moralista (pode ferir as susceptibilidades da Nação).
ResponderEliminarOu aprovava ou não aprovava...
Simples e fácil!
MFCC