Durante
anos, quase tudo – diria mesmo tudo – servia para entrar para o
Guiness. Os recordes, ou as tentativas de os bater, sucediam-se e não
havia tuga que não ambicionasse ver o seu nome inscrito no celebre
livro. Por mais parvo que fosse o objectivo a superar.
Parece
estarmos agora perante uma nova vertente desta lusitana parolice.
Depois do fado – que alguns sustentam ser, vá lá saber-se porquê,
a canção nacional - ser reconhecido como património imaterial da
humanidade, começam a surgir noticias de mais umas quantas putativas
candidaturas. O cante alentejano será, provavelmente, uma delas. O
bailinho da Madeira, o corridinho do Algarve ou o vira minhoto
incluirão, talvez, o lote seguinte.
Enquanto
foi o tuga anónimo, quase sempre em iniciativa isolada e de carácter
meramente individual, a parvoíce que envolvia este tipo de
iniciativa – vulgarmente associada a exibicionismos bacocos - não
se configurou como algo de que devêssemos ter vergonha enquanto povo
e enquanto país. No entanto, agora, que estas idiotices são
promovidas por entidades públicas, a coisa muda de figura. Se
calhar, digo eu, em lugar de reconhecimentos que não valem a ponta
de um corno e a que a humanidade não liga nenhuma, era capaz de não
ser má ideia aplicar o dinheiro que estas palermices custam a cuidar
do património material nacional que tão desleixadamente é tratado.
é isso mesmo, uma parolice de todo o tamanho.
ResponderEliminarcptos
Hehehe nem de propósito, seria o meu próximo post. Primeiro puseram Portugal a fazer coisas gigantes para entrar no Guiness, depois foram as maravilhas de tudo e mais alguma coisa, agora vêm os patrimónios imateriais e culturais. É só esticar a corda.
ResponderEliminarConcordo que o património material deveria ser melhor tratado mas acho que este reconhecimento do Fado pode trazer divisas para Portugal.
ResponderEliminarPORTUGAL A PATRIMONIO MUNDIAL DOS POBRES
ResponderEliminarSubscrevo inteiramente!
ResponderEliminarClap! Clap! Clap!
ResponderEliminar