quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A folga deles é o nosso aperto


A almofada orçamentaltambém conhecida por margem, excedente, folga ou outra coisa qualquer que lhe queiram chamar - irá, entre erros diversos e negociatas variadas, perto dos três mil milhões de euros. Nestas circunstâncias, não parece abusivo concluir que o confisco dos subsídios de natal e de férias se revela como desnecessário. Daí que não me pareça despropositada a conclusãomanifestada em posts anteriores - que o objectivo governamental passa pelo empobrecimento dos portugueses e pela forte desvalorização do trabalho.
O destino dado pelo governo ao alegado excedente orçamental é revelador, para além da evidente opção política atrás referida, da desconfiança que o executivo de Pedro Parvus Coelho manifesta relativamente à maneira como gastaríamos o dinheiro. Que, por sinal, era nosso por direito. Talvez suspeitando que desatássemos a fazer compras nas lojas dos chineses, no estrangeiro ou, o mais provável, o esturrássemos em bens importados, entendeu o governo ficar com ele e – diz - pagar dividas a fornecedores do Estado. Seria, com certeza, uma decisão de aplaudir e que até me levaria a considerar o homem como pessoa de boas contas. Seria, se eu achasse – como qualquer um dos muitos “neo-liberais” que não se cansam de elogiar esta ideia - que o Estado é um bom gestor e que faz a gestão de recursos, sejam eles quais forem, melhor do que os privados.

2 comentários:

  1. Subscrevo inteiramente e bons gestores? Infelizmente e até prova em contrário, são todos muito bons mas apenas para o que lhes convém e se não aparecer outros tantos que metem o dinheiro em off-shores e outras trafulhadas e o resultado seráõ novos buracos!

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  2. A boa fé dos nossos governantes está clarificadíssima!

    "Elementar, meu caro Watson!"

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