sábado, 3 de dezembro de 2011

Tarantantam não enche barriga mas paga menos imposto


As questões suscitadas pelas recentes alterações em sede de iva tem sido mais que muitas. Principalmente pelos sectores alegadamente afectados pela transição para a taxa máxima. Neste, como noutros assuntos, a posição do governo e as opções pouco coerentes que tomou não ajudam mesmo nada à aceitação pacifica da mudança que se aproxima.

Veja-se, por exemplo, o caso do vinho. A jeitosa da ministra da agricultura fez finca pé na sua manutenção na taxa intermédia com a justificação que se trata de um produto nacional e com elevado potencial exportador. Podia, até, aceitar-se este ponto de vista se o mesmo não fosse absolutamente ignorado no que diz respeito a outros sectores com a mesma, ou muito maior, capacidade de exportar e de criar emprego.

O mesmo entendimento, mas no sentido de penalizar as importações, não foi seguido, entre outros casos, relativamente às chamadas actividades culturais. Que, diga-se, na sua esmagadora maioria são, como é óbvio, negócios exactamente iguais aos outros. Assim, de repente, não estou a ver porque raio as entradas – ou os cachets – de um concerto de um qualquer artista estrangeiro hão-de pagar apenas treze por cento de iva e um cozido à portuguesa, comido na tasca da esquina, terá de levar com vinte e três. Mas, aposto, deve haver uma excelente justificação.

2 comentários:

  1. Olha que não sei se será assim...em termos de concertos (compara os preços do Roc-in-Rio de 2011 e os de 2012 que irão ser vendidos, não os que já foram devido ao Bruce Springsteen), com estrangeiros ou não, futebol, ginásios e o afamado golfe, julgo que foram parar à taxa máxima.

    O cozido à portuguesa não leva a taxa de 23%, mas sim os serviços prestados pela tasca...e penso que dentro da legalidade, a restauração vai saber dar a volta à questão.

    Há muito que não como fora, mas da última vez por um bitoque e um simples copo de água da torneira (detesto engarrafada) paguei quase 10 euros, quando um pouco mais à frente comia um igualmente saboroso por 5 euros. Como não como pão, entradas, bebidas e nem doces (um tacinha de leite creme 2,50€?) por serem cobrados a peso de ouro...como é?
    Pois sendo com o IVA a 23% irão carregar muito mais nas coisas que referi que propriamente no prato/dose!

    Quanto ao vinho, sinceramente acho que todos os produtos de grande exportação deveriam manter a taxa!

    Se estiver errada diz-me!

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  2. Atiremos-lhes com os caroços das azeitonas!!

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