quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Poupança. Ou a falta dela.

A questão da poupança está na ordem do dia. Não há orgão de comunicação social que não nos forneça, gratuitamente sublinhe-se, as mais variadas dicas para poupar alguns trocos que, todos somados, no final de um determinado período de tempo representam uma quantidade considerável de euros. Isto porque apenas agora surgiu a convicção que refrear o elevado nível de consumo a que temos assistido ao longo dos últimos anos e estimular hábitos de aforro, constituirá uma das principais condições para melhorar a situação do país.
Receio que esta seja uma campanha condenada ao insucesso. Em matéria financeira os portugueses não têm juízo, não sabem gerir o seu pequeno orçamento doméstico e anseiam constantemente dar o passo maior que a perna. Que é como quem diz gastar mais do que aquilo que realmente podem. E, por mais estranho que pareça, gostam que o seu clube, a sua associação, a sua Freguesia, o seu Município ou o Estado façam o mesmo. Embora, relativamente a este último, até defendam algumas poupanças desde que estas, claro, não os atinjam. 
Mais do que poupar importa ser racional. Por isso muitas das sugestões de poupança que ultimamente têm vindo a lume, mais não são do que regras básicas que todos devíamos seguir no dia a dia. Recorrer ao crédito apenas na medida do estritamente necessário ou gastar o nosso dinheiro somente naquilo que nos é útil e indispensável são algumas delas. Outra, igualmente importante mas que todos parecem descurar, é exigir que a associação ou o clube de que somos sócios e que a autarquia onde exercemos o nosso direito de voto tenham igual comportamento.

1 comentário:

  1. Subscrevo totalmente o que dizes e além dos esforços que devemos fazer (sempre os fiz) devemos exigir o mesmo de quem gere e ou vive à custa dos nossos impostos, sejam elas autarquias, Câmaras e até o poder central.

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