quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Consumistas iluminadas

Escapam-me os motivos que levam alguns seres, especialmente gajas, a sentir uma estranha necessidade de comprar coisas. Não porque, de facto, lhes sejam indispensáveis, mas apenas porque sim. Porque, dizem, lhes faz bem ao ego, lhes levanta o astral – seja lá isso o que for – para espairecer ou, apenas, porque gostam de comprar coisas que apesar de não lhes fazerem falta nenhuma estavam ali mesmo a suplicar que as comprassem. Não sei se este tipo de comportamento é ou não considerado uma doença. Mas se não é devia ser. Até porque o grupo de risco está, há muito, perfeitamente identificado e caracteriza-se por ter a carteira cheia e a cabeça vazia. 
Deve ser a este tipo de gente que se destinam as luzinhas que na quadra natalícia alumiam as nossas cidades. Embora haja quem não necessite de incentivos para consumir, acredita-se, vá lá saber-se baseado em quê, que o facto de as ruas estarem iluminadas constitui um estimulo ao consumo. A mim, sinceramente, não me parece. Excepto, claro, ao consumo de energia eléctrica e às demais alcavalas com que a EDP nos compõe a factura.

1 comentário:

  1. Consumidor compulsivo «...compramos e sentimos aquela sensação agradável de satisfação, compramos de novo, a sensação boa se repete, e aí caímos num círculo vicioso, porque começamos a nos sentir culpadas por comprar tanto, sentindo culpa ficamos deprimidas – e lá estamos nós no shopping de novo!»

    daqui: http://compulsiva.wordpress.com/2008/06/23/consumidor-compulsivo/

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