A paneleiragem nacional, nomeadamente aquela que se expressa na blogosfera e na comunicação social, rejubila com a adopção de uma criança pela parelha de paneleiros constituída por um conhecido cançonetista britânico e alegado marido. É pelo menos assim que se referem as noticias que nos relatam o acontecimento quando mencionam o larila que vai ao cú do tal cantante.
Afirmar que o rebento é filho do casal de rabetas, apesar de concebido numa barriga de aluguer e de nenhum dos dois ter tido qualquer intervenção no acto que gerou aquela vida, denota, manifestamente, uma falta de rigor quase tão grande quanto a vontade de ver por cá legalizada idêntica possibilidade. Seria, com certeza, muito mais correcto informar que dois fulanos adoptaram uma criança. Mas isso não seria noticia. Já noticiar que um casal mediático – marido e esposa, portanto – são agora pais tem outro impacto, parece uma coisa importante e constituirá até um exemplo de transbordante modernidade que nos faz exultar de alegria. Mesmo que se trate de um par de panascas que, provavelmente, terão pago uma fortuna pelo petiz.
Não conheço o caso que relatas, mas acho o tom "dos termos" um pouco exagerado e de repente ouvi alguém que me era tão familiar porque nunca percebeu e aceitou a "diferença".
ResponderEliminarDesconheço quem sejam os personagens da história e se tiveram meios para serem pais, porque não? Quanto ao mediatismo isso já é outra história, mas sinceramente não me incomoda nada!
A ciência já comprovou que a homossexualidade nasce com a pessoa e longe vão os tempos que era uma vergonha ser-se diferente (hoje ainda é, mas a pouco e pouco a sociedade vai entendendo), como era vergonha uma mulher não casar virgem e a célebre educação do pai levar o rapaz às P***. Assim como há um estudo de 1942, que em Portugal na década de 30/40 os pais abusavam das filhas antes que outro o fizesse! Tudo silenciado pela ditadura. Porra e ainda falam da cultura de outros povos?
Voltando ao post, digo-te que conheci e conheço, dois casos/vivências que tinham filhos de uma relação anterior, quase imposta pelos pais porque um filho ou filha encalhada era o fim do mundo!
Como amiga quer deles, quer delas, quer das e dos ex de ambos que refizeram as suas vidas, as crianças cresceram felizes ora com o pai, ora com a mãe e os respectivos, conformem iam crescendo foram explicando "a diferença". Hoje já são pais e confiam PLENAMENTE nos avós e nos avôs.
Não são mediáticos, têm comportamentos como qualquer um de nós, não querem casar e porque não os deixar em paz e serem felizes?
Prefiro os que assumem, do que os que pela frente têm uma vida normal com opiniões contra, etc, etc. - casados, com filhos, blá, blá - e pela calada da noite são o que são.
Deixo-te a mesma pergunta que fiz mil vezes ao meu pai (do 1º.parágrafo): e se fosse um filho(a) teu, o que farias?
Desculpa a minha sinceridade, mas nunca suportei "radicalismos" (não sei se será este o termo)em todos os campos sobre quem é diferente. Assim como não suporto os "exageros exibicionais" de quem quer que seja!
Um beijo sincero, mas é a minha modesta opinião
O Mundo está de parabens e muito mais feliz.
ResponderEliminarO Elton John já é mãe!