Diz que se cumprem por estes dias quinze anos que foi tomada a decisão de não construir a barragem do Côa. O sujeito que era na altura primeiro ministro - uma figurinha ridícula, incompetente como nenhum outro que tenha passado pelo cargo e, curiosamente, também socialista - não resistiu à pressão de meia-dúzia de gaiatos, instrumentalizados por um ou dois figurões que viram ali uma qualquer oportunidade de obter protagonismo, e suspendeu a obra. Havia também, se bem me recordo, uma arqueóloga de bigode e um velhote com amplas bochechas que se meteram ao barulho e contribuíram decisivamente para a gaiatice que então se viveu em torno do que podia ser uma obra estruturante para a região e para o país. Tudo por causa de uns rabiscos manhosos, de origem duvidosa e quase imperceptíveis, que alguém sem mais nada de importante para fazer desenhou nas rochas.
Passados todos estes anos é ainda mais notório o erro que então foi cometido. A água continua a passar, o desenvolvimento também e as promessas feitas à época à laia de compensação - se havia intenção de compensar era porque se tinha a noção clara do prejuízo que estava a ser causado – nunca chegaram. Entretanto os contribuintes pagaram uma obra que não foi feita e que, como muitos recordarão, constituía o orgulho da governação socialista de então. Estranhamente até hoje ninguém foi responsabilizado por isso e os que assim decidiram continuam a andar por aí a pavonear-se à conta do orçamento. Mas, claro, toda a gente sabe que os vencimentos chorudos dos funcionários públicos é que são os responsáveis pelo desiquilíbrio das contas públicas.
Muito certivo e subscrevo tudo o que descreves, porque a barragem se tivesse ido avante, aquela região não estaria como está e muita água se pouparia.
ResponderEliminarConstruiram um museu de "gatafunhos", que era isto e mais aquilo, que chamaria turistas...e o resultado está à vista!
Com os de Foz Côa posso eu bem, custa-me muito mais mais ver o desenvolvimento a passar aqui na minha terra, mas aqui ninguém (nem os bloguers) vê figurinhas ridículas nem incompetentes a impedir esse desenvolvimento.
ResponderEliminarArrumemos primeiro o nosso quintal antes de falar no quintal dos outros.
Os outros, bem ou mal, pelo menos são notícia e toda a gente os conhece a nível nacional, já nós...