Uma curta passagem pela feira de velharias constitui uma das minhas rotinas de sábado de manhã. Não que seja habitual - nem sequer esporádico - comprador de antiguidades ou que perceba alguma coisa acerca do valor histórico do material à venda. Vou mais movido pela curiosidade porque, a cada semana, é sempre possível dar de caras com a peça mais improvável ou assistir, pelo canto do olho e assim como quem não quer a coisa, a um ou outro negócio estrambólico. Daqueles em que um cigano vende um prato rachado, resgatado do lixo, a um qualquer pacóvio lisboeta por cento e cinquenta euros e este ainda acha que é uma grande pechincha.
Na feira encontra-se de tudo. Ou quase. E esse é um dos seus maiores motivos de interesse. Livros, moedas, bordados, móveis e lixo do mais variado são, digamos assim, os objectos mais normais com que nos podemos deparar. Porque depois há os outros. Os de utilidade duvidosa e os de origem ainda mais duvidosa do que a utilidade dos primeiros.
É no grupo de coisas acerca das quais colocamos muitas reservas quanto à sua utilidade que se pode integrar esta bomba de gasolina – julgo que a traquitana dará por este nome – hoje exposta na dita feira. Se, neste caso, a sua origem não levantará grandes suspeitas, será provavelmente mais um mono de que alguma garagem se quis desfazer, já o mesmo não se pode dizer do tipo de impulso ou necessidade que leva alguém a despender algum do seu dinheiro para se tornar proprietário de uma coisa destas.
e eu nem páro para ver porque sinceramente detesto velharias e lixo.
ResponderEliminarMas de facto essa bomba da gasolina gostaria de saber o fim que terá, na volta irá dar jeito a um agricultor qualquer para ter um depósito sem ter que se deslocar. Enfim e o que me admira é que há sempre quem compre e aí...gostos não se discutem.