Se ampliarem e olharem com atenção para a foto vão vislumbrar ao longe dois putos – ao vivo pareceram-me três – a brincar com o “Magalhães”. Digam lá que não é uma imagem enternecedora ver as crianças entretidas, provavelmente entusiasmadas, com o seu pequeno computador a jogar um jogo educativo - ou a ver gajas nuas - em vez de jogar à bola ou, o que é muito mais salutar, andar à pancada umas com as outras.
Já afirmei vezes sem conta que considero esta iniciativa de distribuir computadores uma excelente medida. Principalmente porque não serviu apenas para os mais novos terem um brinquedo todo moderno. Contagiados por esse espírito tecnológico, os irmãos mais velhos depressa descobriram toda a potencialidade da pequena e genial caixinha e daí até lançarem-se nas ondas da internet foi um pequeno passo. Hoje é vê-los horas e horas a fio, todos os dias da semana, a navegar pela rede nos computadores do espaço internet. “Olha…. tanta gaja boazona…”, “aiiii….agora na posso…tou no chati…” são frases que amiúde se passaram a ouvir naquele local desde que a febre da informática atingiu uma comunidade até aqui excluída, também, do acesso às novas tecnologias. Pena que apenas “eles” tenham sido atingidos ou que a “elas” não seja concedida liberdade para fazer o mesmo.
Interrogar-se-ão vocês como é que eu sei destas coisas. É simples. De vez em quando – e também de quando em vez – dou por lá uma volta e aproveito para pôr a conversa em dia com o meu amigo Luís, que é gajo com uma paciência infinita para aturar aquela malta. Pena que, se fizer como eu que quando saio de lá estou cheiinho de comichões, o “obriguem” a gastar em água uma conta calada…
Ampliei a foto e de facto estão la os petizes no "chati". É mesmo verdade.
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