Para a esquerda a criminalidade violenta não é um problema de polícia. É, antes, um problema social que não se resolve com a intervenção das forças da ordem, mas sim e apenas com medidas de carácter político que melhorem as condições de vida dos criminosos. Criminosos chamo-lhes eu, porque para a dita esquerda são pessoas excluídas pela sociedade capitalista e injusta e, por vezes, são até outras coisas muito mais pomposas, que essa malta esquerdista tem uma imaginação fértil quando se trata de adjectivar.
Perante os chamados crimes de colarinho branco aí tudo muda de figura. A esquerda abespinha-se, reclama justiça imediata e exige que os perigosos criminosos bem vestidos sejam de pronto metidos atrás das grades. Curiosamente não considera nestes casos estarmos na presença de qualquer problema de índole social, nem manifesta qualquer espécie de compreensão por tão pérfidas criaturas.
Por mim não gosto de criminosos. Bem ou mal vestidos. Morem eles na Quinta da Marinha ou na Bela Vista. Sejam deste ou do outro lado do Atlântico. Considero mesmo que cada bala que lhes é metida nos cornos e os conduz com os pés para a frente até à quinta das tabuletas é uma bala bem empregue e que cada processo que nestes casos é levantado, devia acabar em condecoração ao polícia autor do disparo.
Quanto às questões de âmbito social, de que a esquerda tanto reclama, é bom lembrar que entre apoios do Estado e das autarquias nunca houve tanto subsidio e de toda a espécie como actualmente. Assim de memória recordo o Rendimento Mínimo, refeições gratuitas para as crianças em idade escolar, livros e material escolar fornecidos gratuitamente, décimo terceiro mês do subsídio a crianças e jovens, habitação gratuita ou a renda simbólica – que mesmo assim não pagam - e uma panóplia de outros apoios distribuídos pelas mais diversas entidades de solidariedade social.
Consta que um gang oriundo da Quinta da Bela Vista, em Setúbal, terá realizado assaltos que lhes renderam algumas centenas de milhares de euros. Muito mais do que ganhariam a trabalhar. Provavelmente será disso que a esquerda se queixa. Que o Estado não faça a distribuição de tão generosa quantia entre as tais vitimas da sociedade capitalista que tanto abominam. Lá chegaremos. Por enquanto fiquemo-nos pelos preservativos…
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