Anda meio mundo a malhar – eu sabia que esta expressão me ia dar jeito – no cabeça de lista do Partido Socialista às europeias por este ter manifestado intenção de, quando ocupar o seu lugar em Bruxelas, propor a criação de um imposto europeu. Ora Vital Moreira anunciou apenas uma inevitabilidade. Daquelas que até chateiam – e esta por maioria de razão – de tão inevitáveis que são. Mais tarde ou mais cedo nós, europeus, teremos de suportar directamente, porque indirectamente já agora o fazemos, seja através de um imposto sobre o consumo ou mais provavelmente sobre o rendimento, os custos de funcionamento das instituições europeias e do esforço de coesão de eventuais novos países membros. Ou da ajuda aos palestinianos. Que, como se sabe, morrem de amores por nós. Alguns, pelo menos.
Um imposto, como decorre do próprio nome, nunca constitui algo que as pessoas encarem com agrado. No entanto se o mesmo incidisse sobre a entrada de mercadorias no espaço europeu poderia eventualmente recolheria alguma simpatia por, de alguma forma, poder constituir um meio de protecção do emprego e do sector produtivo do velho continente. Será contudo impraticável a sua aplicação a curto ou médio prazo. Tal iria ao arrepio de tudo o que tem sido a politica das instituições e governos europeus ao longo das últimas dezenas de anos mas, ou muito me engano, constituirá a longo prazo mais uma das tais inevitabilidades se quisermos que a Europa, tal como a conhecemos, sobreviva. Isto, claro, se alguém estiver interessado nisso.
Havia de ser criado um imposto para ajudar os candidatos que já passaram da validade a entrarem para um lar.
ResponderEliminarPois será, mas olha que bom senso não reina na cabecinha do Vital Moreira: nem era preciso fazer promessas que não cumprisse, agora como grande medida prometer criar um imposto, que já se sabe que ninguém gosta nem de ouvir falar, pois, parece quase um tiro no pé! :D
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