sexta-feira, 9 de maio de 2014

Meninos birrentos

A ameaça de novo aumento de impostos caso o Constitucional declare inconstitucionais os cortes nos vencimentos dos funcionários públicos, feita hoje pelo Parvus Coelho, está a merecer um imenso coro de criticas. Por mim sinto-me dividido. Em várias partes, até. Por um lado aprecio a atitude do primeiro ministro, mesmo em vésperas de eleições, em deixar claro o que tenciona fazer caso veja a sua medida chumbada. Por outro considero deplorável que não se lembre de mais nada. Ele que esteja atento – como, aliás, lhe compete - ao que os diversos serviços públicos andam a esturrar e talvez lhe ocorra qualquer coisa. Por último desagrada-me a chantagem que se pretende exercer sobre o Tribunal. Coisa quase do tipo de uma birra de criança mimada.
Também os críticos – outras crianças igualmente mimadas - me merecem um reparo. Apresentem alternativas, porra. Insurjam-se contra os palhaços que não pedem factura e que, com esse comportamento, contribuem para que os impostos não parem de subir e que os vencimentos e reformas não deixem de cair. Ou então vão bardamerda.

11 comentários:

  1. Deplorável, toda esta situação.
    As palavras de Coelho são ou não uma forma de pressão sobre o TC? São, não haja dúvida.
    O que se pode chamar a um tipo de governo que continua a não olhar a meios para atingir os fins?

    Coelho fala assim, demonstrando uma espécie de coragem que na realidade não tem.
    A caminho das 'Europeias', prometeu uma coisa que sabe não poder cumprir. E se o fizer, será um cúmplice da desgraça. Além de que as promessas visam, na minha perspectiva, entalar o próximo governo que tudo indica venha a ser socialista.
    É a tal coisa do 'quem vier atrás que feche a porta'.

    Bom fim de semana, KK.

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    1. Sem dúvida que o PPC está a fazer chantagem com o Constitucional e isso vindo de um 1º ministro é inaceitável.

      Custa-me, apesar da minha conhecida posição contra os cortes de salários e pensões, a protecção descarada que se faz aos reformados. E não estou, obviamente, a pensar no que ganham pensões de miséria. Mas se muitos têm posses para andar em cruzeiros, viagens para todo o lado e dar tudo e mais alguma coisa a filhos e netos então que que se corte. Antes neles do que em quem ganha 700 euros!

      Bom fim de semana!

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    2. Protecção aos reformados? A alguns.
      "Antes neles do que em quem ganha 700".
      Neles, alguns. Explico.
      Sou aposentado e ganho 650 euros. Não mereço ser protegido?

      Abraço e que o fim de semana seja o melhor possível.

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    3. Claro que merece. Mas o mesmo não se pode aplicar a recebe pensões substancialmente mais altas. Concordará que não é justo cortar abonos de família e ordenados a quem aufere vencimentos de 675 euros e, simultaneamente, aliviar cortes a quem recebe 3 mil ou muito mais.

      De resto quanto a isso de roubar pensões e vencimentos fará a justiça de reconhecer que ando há muito anos a barafustar contra eles...

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    4. Concordo, claro.
      Aliviar quem pode e carregar em quem não pode quase que é crime.

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  2. Boa noite. É verdade o que diz. Pedir factura em determinados locais é mt mal visto. Eu peço sempre, sou a favor da factura, mas percebo que passo a ser discriminado enquanto cliente. Por vezes são os outros clientes que pensam que fazem um figurão,ao dizer que não querem factura. Enfim é uma luta perdida. Sinceramente não tenho uma idéia válida para resolver este grave problema. Tenho esperança que as Finanças encontrem uma solução.
    João Martins

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    1. A maioria dos comerciantes, nomeadamente na area da restauração, não gosta de passar factura porque estão habituados a viver à custa de todos nós. Beneficiam do Estado social, nada contribuem e nem sequer entregam aquilo que não é deles, como é o caso do iva. Comigo não se safam.

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  3. Subscrevo totalmente as tuas palavras. Há imensas alternativas sim senhora, olha a começar pelas mordomias que todos desfrutam, mas ele prefere ameaçar o TC via povo.

    Como já te disse peço sempre factura e agora explica-me algo insólito, talvez não o seja, com o que ocorreu com um vizinho meu. Foi à inspecção com o carro e no final pediu factura. Não lhe deram por infinitas razões e ele vai até ao fim para a obter porque segundo diz não há lei nenhuma que o impeça de fazer. Outro foi na ponte 25 de Abril...tem que ir não sei onde, blá, blá...

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    1. Nesses casos é pedir o livro de reclamações. E, mais importante, não pagar.

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  4. Acho deplorável a atitude do Coelho, mas não é a primeira vez, o que demonstra muito do carácter dele, quando quer uma coisa faz birra!
    Em relação, as facturas já tenho uma opinião diferente, não peço, porque entendo que não sou Eu que tenho de fazer o trabalho do estado. Existisse apoios, boa formação, descontos e não fossemos todos tão sepultados - roubados, mesmo- que os comerciantes entregavam e declaravam tudo o que ganham.

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    1. Quanto ao Coelho estamos de acordo na parte da birra. Em relação às facturas...olhe. depois não se queixe dos impostos e dessas coisas porque a culpa também é sua.

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