Vamos,
dentro de poucos dias, começar a receber as notas de cobrança do
IMI. Abrir a caixa do correio e deparar com contas a pagar é algo
que aborrece qualquer um, mas esta missiva das finanças vai ser
coisa para deixar a maioria dos proprietários de imóveis com os
níveis de irritabilidade em alta. Dependendo do montante a pagar –
do tamanho do saque, por assim dizer – a conta será dividida até
três prestações. A última, curiosamente, será paga apenas lá
para Novembro. Depois da eleições autárquicas. Quando a malta já
votou, colocando assim a salvo os muitos candidatos que vão andar
por aí ao abrigo de algum percalço mais ou menos desagradável.
Pelo menos daqueles relacionados com este imposto desgraçado,
inútil e que, nos moldes actuais mais não é do que um roubo
descarado aos nossos bolsos.
De
positivo neste esbulho vejo apenas um aspecto. O de os portugueses
terem finalmente a oportunidade de perceber que é o seu dinheiro que
paga as festas de que tanto gostam, as obras que não se cansam de
exigir e tudo o mais que tanto apreciam no governo e nos governantes
da sua terra. Ou na parte do IMI resultante da reavaliação dos
prédios, como vai suceder neste e no próximo ano, para pagar os
empréstimos contraídos por estes junto da banca. É que isto não há almoços
grátis. Nem promessas “deles” que nós não paguemos.
a ver se é agora que acordamos e começamos a exigir mais responsabilidade sobre a utilização dos impostos que pagamos
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