sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O que o álcool faz... a um pobre diabo!


Que os vinhos de Estremoz são dos melhores que se produzem no país parece ser, a acreditar na opinião dos especialistas em matéria vinícola, uma realidade incontornável. Por mim, que não não sou grande entendido nessas coisas da pinga, posso apenas garantir que possuem qualidades insuspeitas. Pelo menos ao nível do efeito que produzem na fluência do discurso e clareza do raciocínio dos seus consumidores. Sobretudo daqueles que o consomem em quantidades mais elevadas.
Foi por causa desses efeitos que um destes dias num popular tasco cá da terra, enquanto aguardava o registo do euro-milhões, tive a oportunidade de assistir a um verdadeiro comício improvisado em torno de umas quantas garrafas de um tinto aqui da zona. O orador improvável, um borra-botas qualquer incapaz quando sóbrio de dizer burro duas vezes seguidas, discorria fluentemente sobre o carácter e a conduta de um conhecido politico local. Fluente, mas em termos que a decência aconselha a não reproduzir. Mesmo num espaço como este.
Nada de mais se atendermos ao que todos os dias se diz dos políticos, pensará quem se dá ao trabalho de me ler. De facto, o episódio não teria nada de especial não fosse a piece de resistance da história. É que para gáudio dos que assistiam,  o homem terminava invariavelmente cada frase com um sonoro “e eu sou amigo dele”. Nem quero pensar o que a criatura dirá, quando com os copos ou até mesmo sem eles, de quem não grama.
Ainda assim o discurso inflamado do bêbado contribuiu involuntariamente para a divulgação do produto. Alguém por perto pediu “um daqueles que o gajo está beber”.

4 comentários:

  1. Gargalhadas:):):):) e viva os pingunços deste país loll

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  2. Há sempre uma figura dessas em cada terrinha! Segundo rezam as crónicas, os vinhos de Ourém também são bons, embora eu não seja apreciadora. Ainda hoje ao fazermos a caminhada diária nos cruzámos com 2, um com a mao em cima da careca para a proteger da chuva, sendo que o gesto ainda o desequilibrava mais. O outro trocava os pés, como se houvesse um temporal e lá ía falando sozinho. Enfimmm....efeitos do sr. vinho...
    ;))

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  3. O pior vai ser quando a corja que desgoverna este pobre país, aplicar a taxa de 23% de IVA ao vinho...
    Compadre Alentejano

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  4. Com amigos destes quem precisa de inimigos? :)))
    Um beijinho

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