terça-feira, 3 de abril de 2012

Não pague impostos, ande a pé!


O preço da gasolina não pára de bater sucessivos recordes. Já vai em mais de um euro e setenta e seis cêntimos – nalguns postos terá mesmo superado um euro e oitenta – mas nem isso parece levar os portugueses a encostar o carrinho. Apesar de números oficiais indicarem que estão a ser vendidos menos uns quantos milhões de litros e que a cobrança de impostos sobre os combustíveis continua em queda, não se verifica ainda a diminuição de viaturas em circulação que seria expectável face aos valores que são agora necessários para atestar o depósito.
Esta questão faz-me, de certa forma, lembrar as estatísticas acerca da criminalidade. Sempre que são divulgados os dados relativos à actividade criminosa, todos os indicadores apontam para a baixa do número de crimes. Invariavelmente. Isto apesar de toda a gente ter a percepção do contrário. Sinto o mesmo quando tomo conhecimento de notícias que dão conta da redução do trânsito automóvel em consequência da escalada de preços dos combustíveis. Não noto nada. As cidades continuam repletas de carros e poucos são os que optaram por andar a pé. Desconfio, até, que existirá petróleo a jorrar em muitos quintais. Só pode.
Tenho curiosidade em ver até que ponto vamos resistir e continuar a insistir em não prescindir do automóvel nas deslocações dentro da cidade. Que preço estamos dispostos a pagar pelo conforto, vicio, vaidade, mania ou o que lhe queiram chamar, de percorrer escassas centenas de metros sentados ao volante quando o podíamos fazer a pé? Quando a gasolina sem chumbo chegar aos dois euros voltarei ao tema. Um dias destes, portanto.

3 comentários:

  1. Nas últimas férias que tenho feito em Portugal, tenho notado a diminuição de viaturas nas estradas. Principalmente em Lisboa, onde já quase não há hora de ponta.
    Claro que nós Alentejanos, desde que somos ricos, até para ir ao café ao fundo da rua vamos de carro...

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  2. Aqui nota-se e bem a diminuição do uso do carro, excepto os que trabalham ao volante do mesmo e ou vão para muito longe, porque também te digo que em alguns trajectos 20/30/40 kms ainda compensa ir de carro do que de comboio.
    Depois em certos locais há as tais bombas de linha branca:) e as diferenças são abismais. Como conseguem não sei! Tenho pena que aqui não exista nenhuma, excepto uma da Total que está sempre à pinha!

    Não há regulação nenhuma e há que encher os bolsos dos mesmos enquanto é tempo e a maioria do povo continua a assobiar para o lado.

    Quanto à criminalidade...essa estatística que saiu é uma treta e para mostrarem aos "manda-chuvas-europeus" que está tudo sobre controlo. Tenho pena é que não assaltem e vandalizem os políticos e familiares e amigos para saberem a verdadeira realidade!

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  3. Vais ter oportunidade de falar disso em maio... Nossa Senhora fará o milagre!

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