Embora reconheça a importância dos sindicatos, ainda mais numa
fase em que ter direitos é quase encarado como um crime, não nutro especial apreço
pela maioria daqueles que se dedicam à actividade sindical. Na generalidade, é
claro. Porque não tenho nada de pessoal contra nenhum e, de certeza, não
faltarão pessoas estimáveis entre os activistas sindicais.
Fui, durante alguns anos – não muitos, diga-se – sócio de um
sindicato. Assinale-se, também, que raramente me revia nas estratégias –
estratagemas, a maior parte das vezes - que então eram praticadas. Pior do que
isso. Das poucas ocasiões em que solicitei os seus préstimos – afinal a quota
devia servir para alguma coisa – acabei, invariavelmente, por me arrepender tal
era a qualidade das respostas que obtinha. Confirmada em todas as
circunstâncias. Que, reitero, felizmente não foram muitas.
Hoje a coisa não deve ser muito diferente. Talvez por isso cada
vez menos trabalhadores se revejam nos sindicatos. E, por consequência, a
qualidade dos líderes sindicais venha sistematicamente a cair. Exemplo disso
são as declarações atabalhoadas do secretário da UGT a propósito da eliminação
de feriados. O homem, ao que parece, está indignado por apenas terem sido
eliminados dois feriados, os civis, enquanto a decisão sobre os religiosos,
lamentava-se, era atirada para as calendas. Pensava eu, mas ninguém me manda
ser burro, que os sindicatos eram contra o fim de todo e qualquer feriado e que
não iam apreciar que os trabalhadores – ou os seus associados, pelo menos –
trabalhassem mais dias de borla. É o que faz dar certas coisas como adquiridas.
Esses amigos sindicalistas, são muito a favor dos direitos e esquecem-se sempre dos deveres. Se eles exprimentassem a trabalhar...
ResponderEliminarEntão e os stafs do sindicatos? são mais que as mães!!! Não sei o que anda lá tanta gente a fazer? nada, naturalmente...