sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Osgas e outros pitosgas

Calculo que as osgas possuam sistema nervoso central. Tracção às quatro patas e ventosas de elevada aderência em piso seco – no molhado são um fracasso – têm de certeza e é isso que faz delas ágeis trepadoras capazes de se escapulir a quem, enojado com o seu aspecto asqueroso, de vassoura ou outro objecto contundente em punho as tenta esmagar. 
Já o airbag não constituirá equipamento de série deste bicharoco. Digo isto porque este magnifico exemplar, segundos depois de ter sido fotografado, deu uma aparatosa queda de consequências trágicas. Pressentindo a proximidade do utensílio doméstico acima mencionado mergulhou para o vazio e estatelou-se no solo. Atordoado, acho eu. De tal forma que bastou uma pisadela para o esborrachar e deixar de vísceras à mostra. Facto que apesar de documentado em termos de imagem e de me sentir tentado a partilhar para impressionar os amiguinhos dos animais que por aqui populam – populam muito mais que os defensores do Sócrates, diga-se – não vou fazer. Não que me incomode a susceptibilidade dessa malta mas porque é realmente nojento. 
Nem vale a pena recordarem-me quanto as osgas são importantes no controlo dos insectos. Que, esses sim, não vem equipados com sistema nervoso. Nem central nem lateral. São, digamos, uma espécie de insecticida natural. Mas são também uma praga que se reproduz a um ritmo alucinante. Anualmente extermino mais de uma vintena e nem quero pensar na multidão  de osgas que se acumulariam pelas paredes do quintal se não o fizesse. 

(Pronto, eu sei que as piadolas são fraquinhas mas pode ser que os amiguinhos dos animais, desta vez, percebam. Embora revelem uma gritante falta de sentido de humor e uma preocupante incapacidade em  reconhecer algo escrito em tom irónico. O que até nem me surpreende. Porque, há que dizê-lo com toda a frontalidade, são umas bestas).

1 comentário:

  1. Tu és mesmo lixado (desculpa) mas ri à gargalhada só de ver a cena:)

    Fui criada com imensas osgas, já que em Angola habitavam no teto da casa, mas só andam de noite e por vezes levávamos para os quartos onde limpavam os mosquitos que os de cá são uma pequena amostra em termos de ferradelas:) Porque o fazíamos? Para não usarmos os malditos mosquiteiros com o qual nunca me entendi muito bem e acordava sempre enrolada naquela porra:)
    Vê-las junto das lâmpadas florescentes era como uma radiografia:)))) impressionante:)

    Não me metem impressão nem nojo, mas o que é a maior praga cá é a sua variante, umas mais pequenas e verdes - não sei o seu nome - ao que eu chamo lagartixas ou sardaniscas que proliferam por tudo que é quintal, ao contrário da osga que anda apenas no teto e só aparece à noite. Uma das gatas da minha filha é mestra em apanhar as sardaniscas e acho graça que caçada fica completamente imóvel a fazer-se de morta e solta o rabo e enquanto a gata se entretem com o "rabiar" o bicho...pernas para que te quero:))))

    Um abraço

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