Diz que o Presidente da algarvia Câmara de Faro, Macário Correia, pretenderá despedir, pôr no olho da rua por assim dizer, uns quantos trabalhadores que não apresentam – alegadamente, como convém nestas ocasiões - um nível de produtividade do agrado do autarca. Parece, portanto, que a anunciada medida de reduzir as pausas para café não terá produzido os efeitos desejados e haverá que tomar medidas mais drásticas.
Também a preocupante situação financeira da autarquia e a necessidade imperiosa de reduzir custos contribui para a vontade do edil em diminuir a folha salarial do Município que, segundo as suas declarações, contará com cerca de mil funcionários. É, de facto, um número assustador. Principalmente se acontecer como na generalidade dos municípios, em que, para executar as mesmíssimas tarefas, existem agora o triplo ou o quadruplo dos funcionários que há vinte anos atrás. Todos os que tem idade para isso facilmente identificarão dois ou três lugares onde, ainda não há tanto tempo, havia um ou dois trabalhadores e hoje estão oito ou dez sem que se vislumbre actividade que justifique tamanho acréscimo.
É verdade que as autarquias do interior promovem o emprego como forma de combater a desertificação humana e, em muitos casos, na tentativa de adiar a morte do seu concelho. Uma opção legitima e, afinal, a única que podem tomar se querem manter alguma população na área da sua circunscrição. Ainda assim isso não justifica que quem é contratado para trabalhar não o faça. Pelo contrário. Deve contribuir para que a sua terra seja melhor, tenha futuro e, sobretudo, pensar que o seu ordenado não cai do céu mas que alguém pagou impostos para que o possam receber.
Àqueles que alarvemente ainda dizem que “se quisessem trabalhar não iam para a Câmara” deve ser apontado o caminho da saída. Para esses não pode haver lugar na Câmara de Faro nem em nenhuma outra. Sem nunca perder de vista, no entanto, que o exemplo tem de vir de cima. Como dizia o outro.
É mais que verdade. Em tempos, não muito distantes, na autarquia de Estremoz alguém comentava com desplante: "Estou descansado. Ao fim de 6 anos já sou do quadro. Agora não faço nada, que se lixe o trabalho." Como estes, muitos existirão, felismente que não são todos. Há gente boa, trabalhadora, responsável e consciente.
ResponderEliminarTremoceiro-tremoceiro
Vens ao encontro do que penso e da má imagem que "ALGUNS" funcionários públicos provocam na sociedade.
ResponderEliminarNas Câmaras e não só, há quem trabalhe e muito, mas como diz "tremoceiro" há quem não faça nada e a estes deve ser aplicado o que dizes:"o caminho da saída"...mas...os do topo darão o melhor exemplo? Muitos não, mas foram eleitos pelo povo e aqui o nosso já teve uns quantos mails pertinentes:) se para resolver alguns problemas eu teria de ir ao programa do futebol onde ele intervem, partir a loiça toda para ter mais tempo para as funções que tinha e pagas por todos nós.
Bastou uma semana para ser resolvido um problema que durava há meses, com direito de resposta...e aqui levou a contraresposta...porque veio por carta - papel que deveria ser poupado, quando bastava ser por mail:)
Quanto aos das fotos, um trabalho dificil e o daqui é cinco estrelas Sempre que passo por ele ou por outros, dou uma saudação...mas é triste andar a limpar o que é provocado pela falta de civismo. Claro que folhas das árvores etc. tem que ser limpo, mas só por isso faria o trabalho num instante e aproveitado a fazer outras coisas nas restantes horas.
Um abraço
PS: já agora...um politico que sempre detestei: Macário Correia