Desde dois mil e cinco que venho sistematicamente a reiterar a opinião que as opções seguidas pelo governo no combate ao défice não conduziriam a resultados palpáveis no sentido de recuperar as finanças do país e que, antes pelo contrário, conduziriam a resultados catastróficos a nível social, da economia e da qualidade de vida dos portugueses. Fi-lo em imensos posts que, desde então, publiquei aqui e na anterior versão do KK alojada no sapo, em numerosos comentários que fiz noutros blogs onde esta matéria era abordada e em inúmeras conversas onde este tema, por menos que se queira, acaba sempre por vir à baila.
Nem sempre os meus argumentos foram bem aceites, reconhecidos como válidos e, por vezes, mereceram mesmo alguns comentários pouco abonatórios. Parvos, como o tempo se encarregou de demonstrar. Os apaniguados do engenheiro e os apoiantes deste PS – e sublinho deste PS – lembravam-me invariavelmente que pensava assim porque estariam a moralizar os injustificáveis privilégios de que tinha desfrutado até então. Alguns achavam até – se calhar são tão burros que ainda acham - que se devia ir mais longe e que o governo estaria a ser condescendente. Outros ainda que os meus argumentos não passam de conversa de taxista e que as opções tomadas nos últimos anos resultam de aprofundadas análises e aturados estudos, reflectindo a opinião de conceituados economistas e de outros especialistas de não menos reputado mérito.
Reconheço que nestas matérias não passo de um ignorante que gosta de mandar uns bitaites. O pior é que, no caso, tenho razão. O que, em lugar de me deixar satisfeito, me deixa preocupado. Qualquer pessoa com o mínimo senso comum e alguma experiência de vida enxerga com relativa facilidade o que o futuro nos reserva em consequência das politicas sócretinas que vem sendo seguidas desde 2005. O que nos leva a outra conclusão preocupante. Somos governados por rapazolas loucos e ignorantes. Umas verdadeiras bestas que não conseguem prever aquilo que qualquer taxista dá como certo vários anos antes.
Os indicadores recentemente divulgados confirmam amplamente tudo o que sobre a matéria tenho escrito. Apesar de todos os cortes, da redução de salários na função pública – no meu dicionário é o que significa receber menos ao fim do mês – dos encerramentos de tudo e mais alguma coisa e dos cortes onde já parecia impossível cortar mais, a despesa pública continua a subir, as contas do Estado não saem do vermelho, o desemprego não pára de aumentar e todos os dados continuam a apontar para um agravamento do nível de vida da esmagadora maioria da população.
Não constituem, pelo menos para mim, nenhuma surpresa as previsões agora divulgadas dando conta do empobrecimento do país e da sua queda nos diversos rankings que medem o índice de desenvolvimento. Já falta pouco para sermos os mais pobres entre os vinte sete da União Europeia. Estou, no entanto, convicto que conseguiremos chegar a tão humilhante posição.
Estes filhos da p..., já deram suficientes provas que não sabem governar, então que venham outros... Talvez o povo possa sontactar com a Associação das ditas cujas (votando) e venham novos filhos da p... .
ResponderEliminarCompadre Alentejano
Só deste PS???? e nos anos de 80 a 86 com o Marocas o que foi? O FMI meteu-se e agora já peca por tardio, porque há cortes em tudo e mais alguma coisa menos nas mordomias dos políticos e gestores que ainda agora foram 70 para a reforma com a módica quantia de 70.000 e 50.000€mensais e trabalharam se tanto 15 anos em vários "postos de abastecimeno político". Temos o que merecemos e verás nas próximas eleições se não houver algo antes!!!!
ResponderEliminarSeremos os mais pobres mas com os governantes mais ricos e...fico-me por aqui!
entretanto, caminhamos rumo ao Socialismo.
ResponderEliminarEu acho que era melhor um novo Maio, em vez de um novo Abril...
ResponderEliminarGosto especialmente da foto da pintura ou melhor da pintura da foto. Isto é: SOMOS MUITOS MIL PARA FAZER UM NOVO "ABRIL". Do que é que estamos à espera!?
ResponderEliminarEsta gente mente tão descaradamente e ainda há pessoas que vão em rebanho atrás deles. Isso é que me preocupa. Com 36 anos de democracia ainda haver pessoas que funcionam em rebanhos. Não pensam, só conta o imediato e as facilidades para ir de férias para o Algarve. Com lideres e povo assim também não chegamos à frente.
ResponderEliminarTremoceiro-tremoceiro