Por mais que me esforce não consigo levar os economistas a sério. Eu bem tento mas a insistência desta classe em traçar cenários e fazer conjunturas quanto ao que nos reserva o futuro, principalmente quando não foram capazes de prever uma crise como a que estamos a atravessar, fazem-me rebolar de riso sempre que algum abre a boca.
Garantem agora estes pândegos que 2010 terá de ser um ano de forte contenção salarial. Quiçá até de congelamento das remunerações. Por mim iria mais longe. Aconselharia uma fortíssima redução do vencimento dos gestores de topo das empresas. Públicas e das outras. Para justificar os obscenos salários que auferem usam quase sempre o argumento das qualificações e que aos melhores se deve pagar muitíssimo bem se não procuram outras paragens. Pois que assim seja. Procurem outras paragens. Mais depressa encontrará um emprego bem remunerado no Luxemburgo um operário indiferenciado, de uma dessas construtoras da moda, que ganha o ordenado mínimo, que um qualquer gestor da mesma empresa ainda que só exija metade do que ganha por cá.
Já quanto à função pública entre economistas, gestores e outros pseudo-analistas, preconiza-se o congelamento de salários e, em casos extremos, opina-se mesmo que o ideal seria promover despedimentos ou redução de salários. Eu, que acredito na bondade humana e na inteligência de quem andou anos a fio a estudar estes assuntos, quero crer que quem afirma estas coisas sabe do que está a falar e que essa será a melhor solução para o país. Outros, mais desconfiados ou apenas más-línguas, juram que eles querem é que sobre mais dinheiro do Estado para pagar pareceres, estudos, assessorias e outras coisas que não vêem ao caso. Mas isso são os outros a dizer, porque eu não acredito.
Tou farta e cansada de falar de oedenados injustos:
ResponderEliminar- Injusto para os que ganham pouco e merecem mais, porque também trabalham mais.
- Injusto para os que ganha muito e nada valem, nem merecem o que ganham (gestores, acessores, exploradores etc).
MFCC