domingo, 13 de dezembro de 2009

O maior progenitor português foi um padre!

Sexo, religião, politica e justiça constituem ingredientes bastantes para uma boa história de sacanagem. Como a que a seguir transcrevo e que pode ser encontrada na wikipédia. É só procurar que está lá tudo. Da sua leitura facilmente se conclui que algumas questões que ainda hoje ensombram a vida pública já se arrastam através dos séculos. A libertinagem de alguns agentes da igreja, a desertificação do interior e a ingerência do poder político nas decisões judiciais são, entre outras, as que podemos encontrar na breve historieta que se segue:
O Padre Francisco Costa foi provavelmente o maior progenitor português. Ele era prior da cidade medieval de Trancoso no século XV, dando origem a 275 filhos concebidos por 54 mulheres. Em processo movido por libertinagem na época o padre chegou a confessar que manteve relações sexuais e teve filhos com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5 irmãs e uma tia, além da própria mãe.
Conforme sentença proferida em 1487 (cuja cópia repousa no Instituto Arquivos Nacionais Torre do Tombo, em Lisboa) ele foi condenado e a sua pena passava pelo arrastamento nos rabos dos cavalos pelas ruas públicas, com seu corpo em seguida sendo esquartejado e posto aos quartos, onde a cabeça e as mãos seriam depositadas em diferentes distritos. Porém o rei D. João II entendeu perdoar-lhe a pena e ordenou que fosse enviado para casa no dia 1 de Março desse mesmo ano, baseado no facto de "o padre Francisco Costa ter contribuído para o povoamento da Beira Alta".
A casa onde viveu o padre Francisco Costa é agora o restaurante "O MUSEU".
Sentença Proferida Em 1487 Contra O Prior de Trancoso
Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Autos arquivados no armário 5, maço 7:
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:
- Com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
- De cinco irmãs teve dezoito filhas;
- De nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
- De sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
- De duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
- Dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,
- Da própria mãe teve dois filhos.
Total: "duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres".

5 comentários:

  1. Não conhecia o blog. Aproveitei para adicionar ao meu blogroll.
    Cumps,
    Jorge

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  2. Naquela altura, para se andar em Trancoso, era necessário um cinto de castidade...
    Só faltou ter um filho dele próprio...
    Boas Festas
    Compadre Alentejano

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  3. Um cinto de castidade??? eram precisos eram uns bons pares de ténis para atletismo...e vontade de correr!!!
    Arre pífaro!!!!!!

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  4. Fogoooooo!
    Que prior fertil!
    De facto "povoou" Trancoso!
    O Homem em vez de rezas e orações fazia sexo, que lhe dava mais prazer e passava melhor o tempo...
    275 filhos deve ser recorde no guiness...
    Na maioria dos "tranquosenses" deve haver consanguinidade... irmandade...
    Enfim... Afinal somos todos descendentes de Adão e Eva!
    MFCC

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