A ponta do véu, levantada pelo vizinho Alto da Praça, aguçou-me o apetite acerca de uma história que envolve um porco, pelo menos, um Presidente de Câmara e, segundo o blogue da CDU local, intenções. Daquelas que estão na moda. Menos claras. Do Presidente, como é bom de ver porque o porco, coitado, foi involuntariamente envolvido na historieta.
Segundo sugere aquela força política a matança do suíno e sequente repasto oferecido pela autarquia aos seus trabalhadores no dia, precisamente naquele e não noutro qualquer, em que estava marcada a manifestação da CGTP em Lisboa, terá tido como objectivo levar o pessoal a trocar a deslocação até à capital por uns quantos coiratos e uma febras na brasa, ambos regados com um tinto lá da terra.
Até pode ser que esta leitura esteja correcta. Mas, caso assim seja, a ideia é no mínimo hilariante. De qualquer modo não adiantou nada. Na dita manifestação terão estado duzentas mil pessoas, nas contas dos sindicatos, ou segundo os números do governo, um pouco menos, pelo que a falta dos trabalhadores da autarquia onde o repasto teve lugar não se fez notar nas ruas de Lisboa.
É por isso que não percebo a azia da CDU. Bem vistas as coisas todos terão ficado satisfeitos. Os que foram à “manif”, porque eram muitos, os que compareceram à petiscarada, assim sobrou mais para os que optaram por ficar e o Presidente que viu os seus colaboradores regalados da vida a atirar-se à febra. Afinal o único que se lixou foi o porco.
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