quarta-feira, 18 de março de 2009

Investir noutro lugar

A tourada é um espectáculo que não me diz grande coisa. Ao vivo nunca assisti a nenhuma e nem mesmo quando transmitidas pela televisão me despertam entusiasmo por aí além. Não que isso tenha a ver com algum desagrado para com o sofrimento dos touros ou, como os pseudo-defensores dos animais, considere que se trata de um espectáculo bárbaro onde os bicharocos são torturados. Provavelmente terá mais a ver com a previsibilidade do desfecho do espectáculo, que termina, quase sempre, com o boi vencido por KO.
Talvez seja por isso que não encontro razão para o incómodo que alguns manifestam por este tipo de espectáculos serem agora realizados, em Estremoz, numa praça amovível. Sinceramente não vejo grande diferença, nem me parece que qualquer dos intervenientes na contenda saia prejudicado pela precariedade do espaço da refrega. Isso não invalida que deixe de considerar lamentável o actual estado de degradação da praça de touros, bem como o facto de os seus proprietários terem deixado chegar o imóvel à condição de quase ruína.
A actual praça é privada, gerida por privados, e assim deve continuar. Se não dispuserem de meios financeiros próprios, caberá aos seus proprietários encontrar uma forma de financiamento para a recuperação do espaço e igualmente a eles cabe, se assim o entenderem, estabelecer as parcerias que entendam para a rentabilização do imóvel.
Investimento público nesta matéria não me parece boa opção. O país em geral e Estremoz em particular têm outras necessidades e a prioridade deverá ser sempre as pessoas. Investir recursos, principalmente quando os mesmos representam quase sempre mais endividamento, em algo que não é essencial nem constituirá uma melhoria para a vida dos estremocenses não será, seguramente, uma boa aposta.

4 comentários:

  1. A toura tal como qualquer outra actividade dá emprego, cria riqueza. Porque não fazer investimento público?
    miraldino

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  2. Tentei tudo por tudo comentar este tipo de diversão.
    Não achei uma única palavra que fosse capaz de retratar o sinto sobre ela sem que ficasse sempre qualquer coisa por dizer!

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  3. Depois de ter aceitei o seu pedido de Amigo no diHITT vim ver o seu blogue e gostei.
    Voltarei.
    Um abraço

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  4. Porque será que o Asilo, proprietário da praça, não aceitou a proposta apresentada por um grupo de privados que fazia as obras mas explorava a praça durante 30 anos?
    Porque só vêem dinheiro...

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