segunda-feira, 30 de março de 2009

A importância suprema do penalti

Ficámos agora a saber, pela boca de Isaltino Morais, que afinal muitos e muitos – políticos entenda-se – não entregariam a declaração de património e rendimentos ao Tribunal Constitucional. Obrigatória, segundo a lei. Ao que parece não servia para nada e, portanto, ninguém ligava a isso.
Faltas deste género pouco importam aos portugueses. A prova disso é a eleição sucessiva de vários políticos que, apesar de não terem sido considerados culpados de qualquer crime ou sobre eles recaiam suspeitas fundamentadas de algum ilícito, não gozam de especial boa fama devido a diversas traquinices ciclicamente divulgadas pela comunicação social. Abuso de poder, apropriação de bens públicos em benefício próprio ou corrupção na classe política não é coisa que preocupe ou interesse por aí além na hora de decidir o sentido de voto. Deve ser do hábito.
Importante mesmo, determinante até, é punir severamente o sacana do árbitro que marca erradamente o penalti que não foi ou, descaradamente, fecha os olhos ao que foi. Malandro!

1 comentário:

  1. Um retrato muito bem feito do tuga... infelizmente a maior parte sofre de amnésia na altura das eleições!...
    Mas depois andam 4 anos a lamentar-se que a culpa de tudo e mais alguma coisa é do governo, que invariavelmente foi eleito com o seu contributo: ou com o voto (in)consciente ou com a falta dele, porque o que ainda não entenderam é que a abstenção ajuda a eleger o partido mais votado!...
    E entristece-me saber que a corrupção futebolística mexe mais com os tugas do que aquela corrupção que nos vai aos bolsos e que mina a sociedade.
    E depois ainda se queixam que a culpa é do governo... e dos árbitros!

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