Já perdi o conto às Câmaras municipais que por este país fora estão a tomar as mais diversas medidas, cada uma mais imaginativa que a outra, no sentido de apoiar os seus munícipes neste conturbado período de crise que atravessamos. Confesso-me ligeiramente desiludido por brilhantes autarcas como Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras ou Isaltino Morais não nos terem ainda surpreendido com uma – pelo menos uma, porra, era pedir muito?! – daquelas iniciativas que, mesmo sabendo-se do as figuras são capazes, não deixam de causar espanto geral e uma acentuada irritação aos adversários políticos.
Reduções no preço da água e isenções nas diversas taxas ou serviços municipais, em benefícios dos munícipes mais necessitados, já quase todos os municípios praticam. É, podemos considerar, coisa de um passado pré crise. Há que ser mais ousado, ir mais longe ou, se preferirem, mais perto dos problemas dos cidadãos. Vejam-se estes exemplos que, seguramente, contribuirão para minorar as dificuldades dos destinatários e contribuirão de forma decisiva para o bem-estar de alguns. Agora e num futuro mais ou menos próximo.
A Câmara Municipal de Almeirim deliberou subsidiar cinquenta por cento do valor das propinas dos estudantes do ensino superior que sejam eleitores no concelho;
Em Matosinhos o município local vai apoiar no pagamento de rendas às famílias que vejam bruscamente alterada a sua situação familiar devido a situações de desemprego ou, pasme-se, por causa de um divórcio;
Em Valença foi cancelada uma feira, que custaria cerca de duzentos mil euros, para afectar esse montante ao apoio aos mais afectados pela crise. Entre os apoios a conceder estarão o pagamento de despesas com a renda da casa, do consumo de electricidade e de gás;
Entretanto, ainda no âmbito do combate à crise, em diversas autarquias foram já constituídos gabinetes de apoio às mais diversas situações. Desde o investimento, ao endividamento e até ao aconselhamento, há-os para quase todos os gostos e, como é fácil imaginar, constituem um excelente meio de contrariar os efeitos da crise. Nomeadamente do desemprego.
Sem comentários:
Enviar um comentário