São cada vez mais as vozes, todas de economistas, gestores e outros nababos bem instalados na vida, a defenderem a redução de salários em Portugal. Não a redução dos ordenados ultra-mega milionários de que por aí se ouve falar, mas sim a baixa generalizada dos vencimentos dos trabalhadores que, argumentam, recebem muito acima daquilo que é a produtividade do país.
Para defender esta tese são usados argumentos brilhantemente rebuscados dignos de uma classe que, não só não foi capaz de prever a crise que actualmente se vive como, pior, tem enormes responsabilidades na sua existência. Uma classe a que, recorde-se, pertence a corja de ladrões e vigaristas responsável por falências fraudulentas e desfalques de muitos e muitos milhões.
Defendia hoje uma besta qualquer desta área de actividade, que sim senhor os ordenados dos trabalhadores deviam ser reduzidos em virtude da sua produtividade não estar ao nível daquilo que lhe é pago. Questionado acerca da aplicação do mesmo princípio aos gestores, respondeu que não porque esses, num ápice, mudar-se-iam para outros países deixando as empresas portuguesas desprovidas de gestores qualificados.
Confesso-me atónito perante tamanha barbaridade e inusitada prova de estupidez. Milhões de portugueses saíram do país em busca de um emprego e de um ordenado digno, mas entre eles contar-se-ão, seguramente, bem poucos gestores. E se num futuro próximo esses bandalhos conseguirem levar a sua avante muitos outros irão embora, rumando a outras paragens e a outras economias geridas por gente menos tacanha. Quanto aos gestores também acredito que emigrem. Podem sempre ir lavar sanitas para a Suíça ou para a Alemanha porque, para outro cargo, duvido que alguém os queira.
Como "RATOS", serão estes os primeiros a abandonar este barco que se afunda, não sem que façam primeiro dos pobres moribundos as suas bóias de salvação!
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