quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Os culpados do costume

Ciclicamente, surgem na imprensa os resultados de aturados estudos que nos dizem quantos dias não vamos trabalhar durante o ano e as implicações, desse facto, nos resultados das empresas e os custos que esse descanso acarreta para o país. Quase sempre alarmantes e preocupantes, não necessariamente por esta ordem, a acreditar nos alarmados e preocupados estudiosos que produzem estas alarvidades.

Desta vez garantem que, no próximo ano, os cento e trinta e sete dias sem trabalhar vão ser responsáveis por perdas que poderão representar perto de um por cento do PIB e que isso pode constituir a diferença entre o crescimento económico e a recessão.

Obviamente não tenho dados, ou conhecimentos académicos, que me permitam pôr em causa os valores divulgados. Ainda assim, parece-me coisa própria de sabujo pretender atribuir culpas a quem trabalha pelos resultados desastrosos da economia do país.

Como gosto de números, vou estar atento a outras análises. Nomeadamente quanto custou aos portugueses - e já agora o seu peso no PIB - a salvação das fortunas dos investidores especulativos do BPP e os desmandos dos administradores do BPN. Ou, se não desse muito trabalho a estudar, as reformas obscenas obtidas após meia dúzia de anos de serviço, as indemnizações milionárias e os salários principescos dos gestores e administradores.

1 comentário:

  1. eu acho que é melhor comprares uma cadeiro absurdamente confortável enquanto esperas por outras análises. cheira-me que vai demorar assim a modos que um bocadinho ahahaha

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