O episódio dos sapatos atirados por um jornalista iraquiano em direcção ao Presidente norte-americano tem constituído motivo de gozo, por parte de uns, e de reflexão por parte de outros. Por mim prefiro salientar a pontaria do autor do lançamento. Repare-se que ambos os sapatos descreveram uma trajectória perfeita na direcção de George Bush e que apenas não acertaram em cheio no alvo porque este, numa admirável manobra bem elucidativa dos apurados reflexos do ainda Presidente americano, evitou um impacto que, convenhamos, seria deveras hilariante.
Outro aspecto que convém realçar pela sua “curiosidade” é que situações deste género apenas ocorrem com representantes de países democráticos ou com personalidades que, apesar de todos os ódios que possam suscitar, facilmente associamos a conceitos como liberdade e democracia. Se contra Vladimir Putin, Fidel Castro, Hugo Chavez, Robert Mugabe ou Mahmoud Ahmadinejad também não faltam motivos para arremessar qualquer coisa, não há memória de alguém ter ousado semelhante gracinha. Vá lá saber-se porquê.
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