Uma mãe indignada – as mães indignam-se com relativa facilidade – manifestava um destes dias a sua indignação por a escola frequentada pelo seu rebento se encontrar em obras. Pior ainda, em obras daquelas que demoram muito tempo e são vulgarmente conhecidas como obras de Santa Engrácia. A indignação da criatura, captada como convém por uma câmara de televisão e mostrada ao país em pleno telejornal do horário nobre, levou-a a declarar peremptoriamente que o atraso nas obras era injustificado e injustificável. Afinal “aquilo não era o Alentejo” onde, segundo o que a mentecapta senhora pretenderia insinuar, são todos uma cambada de malandros e tudo é feito devagar.
Não sei se a extremosa e preocupada mãe, habitante da região de Leiria, conhece o Alentejo e os alentejanos. Provavelmente não. Será apenas alguém com um sentido de humor quase tão lixado como o meu. Tão lixado que tenho já em “stock” umas quantas graçolas sobre ribeiras poluídas, milagres e porcos, para proferir da próxima vez que me indigne.
ou as meninas da berma da estrada do mui real pinhal de Leiria
ResponderEliminarA senhora estava mesmo bué indiganada. Essa indignação foi das melhores indignações que já vi na vida. Sou até capaz de fazer um ranking das melhores indignações e creio que essa indignação pode entrar para o top-
ResponderEliminarKruzes, olha que essa indignação com a indignação da senhora é bem capaz de entrar no top das indignações do fermelanidades.
ResponderEliminarMas concordo contigo, e se fosse alentejana ( que até sou assim metade) também me indagnaria..
bj*s
Deixa-os gozar com os alentejanos, eles tem é inveja. Pelo menos somos rápidos a saltar para cima das mulheres deles. Em cada dez lisboetas 9 são cornudos.
ResponderEliminar