Para os políticos que chegam ao poder a realidade torna-se algo distante e assume contornos dificilmente comparáveis com aquilo que vê e sente o cidadão comum. Vejam-se as declarações de um dirigente da bancada parlamentar do Partido Socialista a propósito do Código Penal e da insistência manifestada por alguns sectores que pretendem uma alteração às suas disposições, visando nomeadamente alargar os casos em que seja aplicada a prisão preventiva. Manifestava o dito senhor a intenção do seu partido em manter o Código tal como está pois, garantia, “ainda há um ano o país se unia na indignação contra o excesso de prisão preventiva”.
Dificilmente os portugueses perceberão a que país o ilustre deputado se refere. Ao nosso não é certamente. O que deixa a generalidade dos cidadãos indignados é a facilidade com que a justiça coloca em liberdade criminosos, muitos detidos em flagrante delito, que atentam contra os bens e a vida de quem vota em tão ilustres políticos.
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