sábado, 25 de fevereiro de 2012

Não é liquido que a banca tenha falta de liquidez.


Está criada a ideia que entre os principais problemas do país estão o excesso de endividamento dos particulares e a falta de liquidez da banca. O que, no segundo caso, estará a impedir o acesso das empresas ao crédito bancário e, por consequência, a causar sérios problemas ao crescimento da economia.
Tenho, cada vez mais, sérias reservas quanto à credibilidade desta tese. É que, ciclicamente, a caixa de correio é invadida por propaganda como a que a imagem documenta. Acompanhada, esclareça-se, de um monte de documentação, aparentemente válida, que inclui um contrato de crédito pessoal já devidamente assinado e que bastará devolver pelo correio para ter acesso a uma simpática quantia que poderei esturrar como muito bem me apetecer.
Não parece, portanto, que exista falta de liquidez à banca nacional. Tal como não se afigura que se verifique algum problema com o endividamento dos particulares. Se assim fosse este dinheiro estaria reservado para financiar projectos inovadores de um qualquer dinâmico empreendedor e jamais ao dispor de um gajo como eu, com manifesta tendência para viver acima das minhas possibilidades, com pouca vontade de trabalhar e a mania de fazer vida de rico à custa do dinheiro dos esforçados e produtivos trabalhadores alemães.
Num momento de rara sagacidade e de um invulgar sentido patriótico, decidi não usufruir de tão tentadora oferta. Fica para a próxima. Por agora a papelada vai ficar arquivada. Se a crise apertar talvez ainda venha a servir para limpar o cu.

6 comentários:

  1. Limpar o dito é a oportunidade do momento!
    Também vou por aí!

    ResponderEliminar
  2. Em tempos foi essa segada...e agora de novo, e ao invés de ti, devolvi (todos danificados para ninguém poder usufruir em meu nome, porque soube que tinha havido fraudes e falsificações de assinaturas) e inclusive mandei fotocópias para quem de direito e mais não digo!!!!

    ResponderEliminar
  3. Quando a crise bater finalmente à minha porta, não conseguindo mais evitar, não vou ter outro remédio se não usufruir da utilidade desse tipo de publicidade. Só para não gastarem papel e não servir para nada.

    Patrícia

    ResponderEliminar
  4. Como dizem os antigos... « se não é do cú, é das calças » ;):)
    e « casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão ».

    Sempre fui muito reservado em "passadas largas" e como ninguém dá nada a ninguém, vou devolvendo a publicidade ao remetente. Eles que fiquem com o lixo porque ninguém me paga para reciclar.

    Grande abraço.

    Tudo de bom!

    ResponderEliminar
  5. Normalmente nem para essa finalidade servem...a textura não o permite.
    ;)

    ResponderEliminar
  6. alguns bancos continuam com as mesmas práticas...

    ResponderEliminar