terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

E se fosse o Sócrates?

Façamos um pequeno exercício. Um suponhamos, vá. Imaginemos que o primeiro-ministro era ainda José Sócrates – lagarto, lagarto, lagarto, ai Jesus, cruzes canhoto - e que, tal como o parvo que lá está agora, tinha decidido não conceder tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval. Mais. Não contente com tamanho tiro no pé vinha, alarvemente, papaguear que quem não fosse trabalhar não era patriota. Não serão certamente necessários especiais recursos imaginativos para calcular o arraial que a comunicação social ia montar em torno de tamanho disparate. Com este tudo é diferente. Muito mais suave. O homem tem boa imprensa, os críticos de antes são os apaniguados de agora e os jornalistas não se atrevem a piar muito não vá o Relvas tecê-las.
Embora não seja especial apreciador de festas carnavalescas reconheço, tal toda a gente que saiba fazer contas, a importância desta quadra na economia e na tradição popular. A mesma para a qual Parvus Coelho se está nas tintas. O que significa estar nas tintas para o povo que governa. Mas isso, vindo de onde vem, a poucos surpreenderá. 
Tudo indica que em 2012, apesar de receber menos dois meses de salário, vou trabalhar mais cinco dias. Pelo menos. Daí que não reconheça a um badameco qualquer, autoridade para ganir acerca de atitudes patrióticas. Para isso ou para outra coisa. Porque – não me devo enganar muito – Terça-feira de Carnaval vai ser um feriado igual ao que sempre foi. Já da autoridade do primeiro-ministro não se poderá dizer o mesmo. O país vai desobedecer-lhe. Ostensivamente.

3 comentários:

  1. Nunca foi um feriado, e logo no início do ano o governo tem que publicar no DR se é ou não tolerância de ponto. Não o fez e quando decidiu fê-lo de uma forma aparvalhada de todo, aliás não explicam nada - apenas falam em austeridade, produtividade, e outras doideiras como se o povo fosse burro e estivesse deitado à sombra da bananeira.

    A pressa é inimiga da perfeição e o "Piegas Mor" tem que mostrar serviço e pior ainda, nem sequer se preocupam com quem já investiu tanto, ou seja ECONOMIA...e subscrevo totalmente o que dizes!

    ResponderEliminar
  2. Se fosse Sócrates... pelo menos tinha uma coisa que este não têm: CAPACIDADE DE COMUNICAR, mas entre os dois venha o diabo e escolha!

    ResponderEliminar
  3. Isto é uma ópera bufa!!!

    ResponderEliminar