sábado, 4 de fevereiro de 2012

Estroinas

Comparar a situação em que vive o país com a de um grupo de amigos que foi ao restaurante e no final da festarola não tem dinheiro para pagar a conta é apenas uma parte da verdade. E, como se sabe, uma meia verdade geralmente produz muito mais estragos que uma mentira. Embora a analogia faça algum sentido, seria bom esclarecer que, desse grupo de pândegos, alguns comeram caviar e beberam champanhe enquanto a imensa maioria apenas emborcou umas mines e mastigou uns tremoços. Convém também que se diga que, no final da pândega, a conta é a dividir por igual independentemente do que cada um tenha consumido e que, pasme-se, até os que não foram ao banquete têm de pagar. Mesmo assim, seria bom que quem faz estas comparações não se esquecesse de referir que ainda há uns quantos que insistem em continuar o repasto e outros que não querem pagar. Nem ficar a lavar os pratos, que foi a alternativa manhosa que a nova gerência da espelunca encontrou para minorar os prejuízos.

3 comentários:

  1. Usaste metáforas fabulosas...que subscrevo com um sorriso:)

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  2. Irresponsáveis e criminosos são os nomes correctos.
    Se um gestor leva uma qualquer empresa (privada) à falência é pura e simplesmente acusado de gestão danosa e nunca mais se endireita. Porque diabos com a classe política e gestores públicos é diferente??? O que devia indignar verdadeiramente não é obrigarem-nos a pagar a conta, mas sim o facto de quem ter deixado o calote continuar por aí como se nada fosse. São criminosos que atiraram o país para a bancarrota. Ponto final!

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  3. esta mania que os pelintras têm de viver à grande...

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