Contrariando
todos os que já duvidavam da intenção do governo em cortar na despesa, o
executivo anunciou finalmente medidas que visam inverter o caminho do inusitado
despesismo pelo qual o país enveredou nas últimas décadas. Foi hoje anunciado
que, afinal, o prémio de quinhentos euros a atribuir depois de amanhã aos
melhores alunos do ensino secundário já não seria atribuído. Em vez disso o
montante global em causa será destinado ao apoio a alunos carenciados. Mesmo
que burros e se estejam cagando para essa maçada das actividades lectivas. Parece-me
bem. Essa ideia parva de premiar o mérito e a excelência é socialmente injusta,
fascizante, despesista e elitista. Há, pelo contrário, que promover a
solidariedade social, estimular o espírito de partilha e fazer ver aos alunos
que se esforçaram e deram o melhor de si, que será para eles muito mais
gratificante e enriquecedor apoiar, por exemplo, os filhos daquele comerciante
de toda a espécie de coisas, que, coitado, não tem dinheiro para livros,
material escolar e alimentação dos seus meninos. Isto apesar de se deslocar num
veículo topo de gama e de, alegadamente, já ter sido visto mais do que uma vez
a depositar uma invulgar quantidade de notas numa instituição bancária.
Quando não se sabe ser popular... tomam-se medidas popularuchas!
ResponderEliminar