Este já foi um local melhor frequentado. Hoje, em ruínas e com evidentes sinais de vandalismo, mostra que os seus frequentadores – ocasionais, presumo - não serão pessoas de bem nem ali se deslocarão com as melhores intenções.
Este edifício, ou o que resta dele, é património da CP. Atendendo aquilo que tem sido ao longo das últimas décadas a politica de abandono sistemático do interior do país e de desinvestimento no transporte ferroviário, não surpreende que imagens de degradação como esta sejam uma constante ao longo de todas as linhas onde o comboio deixou de passar.
O destino deste prédio, e provavelmente da maioria dos que se encontram em idênticas circunstâncias, acabará por ser a demolição. Afinal, no país do TGV e de outros investimentos faraónicos, não parece haver lugar para pequenas obras de reparação e de aproveitamento, ainda que para fins diversos do inicial, do património edificado à custa dos contribuintes. Até porque não são essas obras que interessam às construtoras do regime ou às administrações bem remuneradas. Nem a outros comissionistas.
Daqui a uns anos as gerações vindouras perguntarão: Mas os nossos dos anos 1960/70 e 80 não nos deixaram legado cultural?!
ResponderEliminar- Deixaram pois, mas foi demolido para dar origem às novas infraestruturas, mais modernas e rentáveis para os construtores e para o Estado...
- Lá fora (outros países) preservaram tudo! Aqui não há quase nada...
É este o "nosso" legado (forçado) ás gerações futuras.
Eles (Estado) botamAbaixo não apenas os edifício públicos, mas também as nossas perpectivas de futuro e os nossos €s.
Andamos todos péssimistas, são as contas a subir e os nossos rendimentos sempre iguais, quem vai lucrar com tudo isto são os médicos psicólogos, com a venda em massa de antidepressivos...
Vou fazer ginástica mental e pensar sempre no melhor futuro, com 1 jardim sempre em flor, calozinho e céu azul...
Vou fugir destes botabaixos!
MFCC