Já escrevi sobre isto
tantas vezes que, confesso, o assunto me aborrece. Mas declarações como a do
senhor Mexia ainda me causam um aborrecimento muito maior e fazem-me, ainda que
a contra gosto, voltar ao tema. Garante o cavalheiro que mais impostos sobre o
sector privado não fazem sentido. Isto a propósito da eventual necessidade de
estender os cortes nos subsídios de férias ou de natal à generalidade dos
trabalhadores. Acrescentou ainda, embora a isso não tenha sido dado destaque,
que o roubo dos subsídios aos funcionários públicos e reformados se trata de
uma medida de contenção de custos e que isso é completamente diferente do que
taxar salários.
Será tudo o que ele
quiser. Agora o que os muitos “Mexias” deste país que defendem dever ser apenas
quem trabalha para o Estado a ver o seu ordenado reduzido deviam explicar, pelo
menos de forma a que um gajo de QI reduzido como eu perceba, é porque razão
alguém com um vencimento de mil e cem euros por mês deve ficar sem dois meses
de vencimento enquanto certas empresas privadas – assim de repente ocorre-me
logo a EDP - continuam a receber muitos milhões do Estado. Ou, tantas outras, a
não pagar impostos.
Ainda que todos tenham
direito a emitir a sua opinião, indivíduos com a posição desta criatura e
ordenados para lá de obscenos deviam abster-se de mandar este tipo de postas de
pescada. O homem pode ser um génio da gestão, será até o melhor pau-mandado que
os chineses podiam ter encontrado, mas não sabe o que é a vida real. Obviamente
que sobrecarregar ainda mais o trabalho – privado ou público - com impostos é
errado e só vai servir para agravar a tragédia que estamos a viver. Há, no
entanto, muitas alternativas. Que o digam todos aqueles que já mandaram retirar
os terminais de pagamento automático dos seus estabelecimentos …
Não acho que deva ser só o público a arcar com a crise. Já o disse e reafirmo.
ResponderEliminarQuem deveria arcar com esta roubalheira deveriam ser todos os "mexias" que existiram (agora com reformas soberbas) e existem (com vencimentos e prémios) que lhes mal dá para as suas despesas (tadinho do PR).
ResponderEliminarSubscrevo!