Nada tenho a obstar à
realização das tradicionais festas populares. Desde que sejam os populares que
delas usufruem a pagá-las. E, também, desde que não me incomodem. O pior é que
a primeira condição raramente se cumpre e a segunda, com preocupante
frequência, também não. É que, apesar das autarquias portuguesas estarem para
lá de falidas e com as finanças absolutamente rebentadas, são larguíssimos milhões
que se estouram em festividades de norte a sul do país. Para gáudio de muitos
inconscientes e benefício de uns quantos que fazem profissão destas coisas.
A minha irritabilidade
atinge níveis pouco habituais quando, a meio de uma viagem, chegado a uma
localidade em festa e ainda a fazer contas a quanto é que aquilo pode ter
custado em subsídios de férias e de natal, me deparo com a estrada nacional que
atravessa a aldeola fechada ao trânsito. Para que os eleitores populares
desfrutem da festinha descansados em trezentos metros de alcatrão, os incautos automobilistas
são forçados a um desvio de meia dúzia de quilómetros por caminhos de cabras. E
isto – pasme-se - num Domingo, ao fim da tarde, quando o trânsito de regresso a
Lisboa tem uma intensidade bastante apreciável por, entre outras coisas, se
tratar de um acesso à ponte Vasco da Gama.
Reitero a minha simpatia
por este tipo de eventos de carácter popular. Revelam, se organizados
exclusivamente pelas comissões de festas, uma salutar vitalidade das aldeias,
vilas e cidades que as organizam. Ou uma ingerência doentia naquilo que
pertence à chamada sociedade civil quando é o poder politico a fazê-lo. Já
cortar uma das mais movimentadas estradas nacionais, para mais em hora de
grande intensidade de trânsito, é, para ser simpático, um bocado parvo.
Já não suporto festas populares que de populares já nada têm...e o que dizes teres feito, tu e muitos...é de imbecilidade tamanha. Mas estamos a ser comandados por imbecis, querias o quê? Já andam na caça ao voto!
ResponderEliminarPonte Vasco da Gama????? possas que é cara para caramba!