Provavelmente por influencia de ambientalistas urbano-depressivos que sonham com um mundo sem outras pessoas para além deles, algum legislador - desses que abundam em Lisboa e em Bruxelas - tão iluminado quanto inútil, achou, num daqueles dias aborrecidos em que não tem nada de útil para fazer que justifique o vencimento que os contribuintes lhe pagam, que os pássaros estão em via de extinção. Mesmo aqueles que, reconhecidamente, existem em tal abundância que constituem verdadeiras pragas.
Assim de repente, sem grande esforço, estou a lembrar-me de andorinhas, pardais ou melros. As primeiras causam uma imundice, como aquela a que podemos assistir à entrada de muitos edifícios públicos, porque, apesar de serem aos milhões, não é permitido derrubar os ninhos. Os pardais são mais que muitos e devoram tudo o que lhes aparece à frente mas, ainda assim, ai de quem ousar atirar sobre eles ou montar umas miseras armadilhas com a finalidade de os apanhar. Já matar melros pode, inclusivamente, dar cadeia se o juiz tiver tendências ecologistas. Foi o que aconteceu a um incauto cidadão que, farto de ver esses passarões atacar-lhe o pomar, resolveu pôr mãos à obra e dar sumiço a uns quantos. Atrocidade que lhe valeu seis meses de cadeia como punição por tão perverso crime.
Não sei, por isso, que metodologia usar – táctica de guerra é capaz de ser mais apropriado – para proteger o quintal dos bandos de malfeitores alados que, constantemente, fazem devastadoras incursões sobre os bens alimentares que tento produzir. De momento são as cerejas – que começam a ficar vermelhas – que apresentam maior vulnerabilidade e que constituem o alvo mais apetecido. Receio que cd's, fitas de cassetes ou um espantalho, não constituam elementos suficientemente dissuasores. Preciso, portanto, de ideias para combater esses malditos invasores e afugentá-los do meu espaço aéreo. Ou exterminá-los. À sorrelfa, claro.
Adoro as andorinhas e só estão cá por pouco tempo:). Pardais são tão inofensivos e melros lindissimos. Mas sinceramente não sabia que era proibido matar pardais. Mas as leis foram feitas para serem cumpridas, meu amigo!
ResponderEliminarEu que não tenho um pedacinho de terreno e nem sou de cá porque sou apelidada de sem-terra:) acho que deverias consultar os sites das grandes plantações de cerejas como é que eles conseguem que os "mafarricos-lindos" não se aproximam.
Ou então faz o que um casal meu amigo fez:
No meio das árvores de fruto, em pontos mais altos e visíveis, puseram umas casinhas, julgo de cortiça, onde têm comida e àgua e não é que o ano passado as peras, as cerejas e a jingeira safaram-se do rapinanço? Hoje lá estão de novo presas a uma vara julgo de aluminio que é extensível e até agora "não anda doidinho como andava há dois anos":)
Realmente pá, é uma chatice e se não der resultado, faz "à sorrelfa" e se forem comestiveis, que sinceramente não sei...aproveita loll
Por favor não seja injusto com os melros!
ResponderEliminarSe no seu quintal houver uma árvore ou um grande arbusto onde dormam os passarinhos, basta colocar, por baixo, uma mecha de enxofre a arder, dentro de uma lata, que os passarinhos caem todos, devido à inalação do fumo.
ResponderEliminarTrata-se de uma morte limpa, sem intervenção da PSP e GNR (a essa hora estão a dormir), e material para um bom petisco.
Abraço
Compadre Alentejano