Embora o conteúdo dos posts que por aqui vou deixando possa por vezes – muito raramente, vá – dar uma ideia diferente, a verdade é que sou um gajo tolerante. Aprecio a tolerância. Principalmente a de ponto. Que, por mais estranho que pareça, é a menos tolerada. Há mesmo quem a veja como algo absolutamente intolerável e revele em relação a ela – a tolerância – uma atitude preocupantemente intolerante.
Não esperava que, desta vez, o alegado engenheiro dispensasse a função pública de trabalhar na tarde do próximo dia vinte e um. Ainda que, ao contrário de muita gente, não considere que daí venha grande mal ao mundo ou que a economia do país sofra prejuízos assinaláveis, não me parece que esta seja uma decisão sensata. No actual contexto, os sinais que se transmitem são quase tão importantes como as medidas que se tomam. E este não é, manifestamente, o melhor nem o mais adequado sinal de que os portugueses precisam.
Esta decisão, para além da concessão de uma tarde de descanso, tem a grande vantagem de me tranquilizar. Fico com a certeza de que entre as más noticias que um destes dias nos serão dadas a conhecer não constará o aumento do horário de trabalho. Seria uma incongruência dificilmente justificável. Embora, convenhamos, vindo de um sujeito incongruente não era coisa para me surpreender por aí além.
Todos os actuais "sujeitos" são incongruentes" e tu és congruente, aliás tem sido uma constante no que leio, já que poucas vezes fui do contra:)
ResponderEliminarTive que rir e fui ver que raio...dia 21?? porquê? olha rapaz com esta coisa da neta esqueci-me por completo que estamos à beira da Páscoa...e vamos ser um pouco mais tolerantes? Pois, eu vou ser para já e como tal, menina que se preze né, grito em alta voz: raio que parta toda a cambada que nos aperta o cinto, que vão de férias e que não voltem ao país!
Obrigado por este momento de tolerância, desculpa, de leitura:):):)
Concordo com o teor do seu mail: o sinal que se dá é muito inconsistente com a mensagem que deveríamos transmitir.
ResponderEliminarA troika fica a trabalhar, a ver como arranja maneira de nos emprestar dinheiro, enquanto os portugueses, que supostamente deveriam mostrar que são gente fiável e capaz de reembolsar a dívida, vão, descansadamente, a banhos.
Como levar-lhes a mal quando dizem que os povos do sul gostam é de gastar de dinheiro, sem se ralarem muito em saber de onde ele vem?