Esta foto não foi objecto de qualquer tratamento com nenhum programa de fotografia. Tão verdade como não ser minha intenção zombar da pouca instrução de quem terá pintado a indicação de que aquela entrada dará acesso ao local onde, provavelmente, estará recolhido um veículo durante o tempo em que não anda aí a rodar. E essa parte, muito mais do que a escrita arrevesada, é que me inquieta. Quem assim escreve quase de certeza não lerá muito melhor e, mesmo que tenha uma “mão de volante” ao nível de uma qualquer estrela da fórmula um, o seu quase analfabetismo constituirá sempre um perigo para ele e para os outros utentes da via pública.
Quando apenas se questiona a maneira como são atribuídos diplomas do ensino secundário a pessoas praticamente iletradas, que daí não tiram nenhum proveito como é amplamente reconhecido, também não se devia ignorar, e não deixar de condenar com veemência, a forma como em Portugal são distribuídas - parece-me o termo mais indicado - as licenças de condução. A julgar por muita gente que se vê por aí agarrada a um volante não parece abusivo concluir que os exames para a sua obtenção apresentarão um grau de dificuldade muito semelhante aos exames nacionais promovidos pelo Ministério da Dona Lurdes.
Claro que também há muitos que nem perdem tempo com essas ninharias e começam logo a conduzir, mesmo sem estarem na posse do cartãozinho que legalmente os habilita a isso. Veja-se, por exemplo, o caso dos ciganos. Quase todos tem um automóvel, dos bons na sua maioria, e são pouco aqueles que são vistos a ter lições de condução nas escolas autorizadas para o efeito. Mas isso é outra história, sobre a qual nem convém alongar-me. Fazê-lo constituiria com certeza uma espécie de discriminação relativamente a uma minoria socialmente estigmatizada e uma falta de respeito perante tradições culturais fortemente enraizadas na comunidade que contribuem sobremaneira para a riqueza da nossa diversidade cultural e que urgem, por isso, preservar.
Todos os dias o Português é assassinado. Até por snrs. doutores (não estendidos)e a darem aulas de... português...
ResponderEliminarUm dia conto alguns episódios.
Compadre Alentejano
Pontapés na escrita é o que por aí mais há. E como diz o Compadre, até por parte de doutores ... serão? bem, devem ser que aqui no meu serviço tenho uma colega jurista que aquilo só visto. Erros dos crassos é ao monte. O mesmo se diga da semeadura de vírgulas que a pobre faz!
ResponderEliminarKKzito
ResponderEliminarOra muito beim. De Estremoz é a minha primêra nora/filha, a Margarida Parrêra, perdão, Parreira, filha do Manel Parrêra e da Jaquina Parrêra. O mê compadri, um gajo bué da fixe, é patrão duma empresa de camionagem e de uma construtora civil, vomecê, se calhari, até o conhece.
Este teu blogue é um espaaantooooooo. Estremocenses unidos jamais serão f..., digo, vencidos - pelos enchidos.
'tóbrigadinho pla visita à Travessa e plo cumentário (com o). Volta mais vezes, inscreve-te como (per)seguidor e avisa a tua malta para fazer o mesmo, sil us plau (sff em català vernáculo)
Abs
PS (sou, mas aqui é só post scriptum) - Atão nã querem lá vêri: a minha Mãe era de Portalegre. Tal tá a moenga!... Kruzes kanhoto...
Tou farta de "combater" a pseudo literacia do nosso povo!
ResponderEliminarGente com o 12º ano de escolaridade que escreve "pesçina"...
Se esta CARACEM pertence a algum destes... Que lhe enfie a carapuça!
Há erros e erros!
Eu erro! (e agradeço que me corrijam).
Todos nós erramos... mas assim?
MFCC