Ao contrário do que pensa o jovem comunista que revela dúvida quanto à democraticidade do regime que vigora na Coreia do Norte, acho uma boa ideia a intenção socialista de atribuir lá para 2011 um subsídio em forma de conta bancária a cada recém-nascido. Até porque, para quem já subsidia o aborto, esta medida mais não será do que repor um pouco de equidade na coisa. Pena, evidentemente, ser uma quantia irrisória. Mas como o dinheiro não chega para tudo há que ser rigoroso nas contas. Como é, aliás, apanágio deste governo.
Claro que esta medida não irá potenciar uma escalada de nascimentos, assim a modos que um baby-boom à portuguesa, porque a questão financeira não é o motivo principal que leva as pessoas a optarem por ter poucos filhos ou mesmo a não terem nenhum. Verifica-se aliás o inverso. A taxa de natalidade foi baixando na medida em que as condições de vida foram melhorando e, como é notório, é entre a população mais pobre que essa taxa é mais elevada. As pessoas não tem filhos porque são comodistas, egoístas talvez seja o termo mais apropriado, não querem ter chatices e cada vez mais encaram a paternidade como uma maçada. Começa inclusivamente a assistir-se ao surgimento de um fenómeno preocupante e altamente perturbador, em que presença de crianças em determinados espaços abertos ao público é encarada como prejudicial por algumas bestas que já se esqueceram que, em tempos, também foram crianças.
Seguramente que em matéria de incentivo à natalidade dever-se-á ir muito mais longe. Ainda que isso represente um significativo aumento da despesa pública, a subida do défice ou, até mesmo, um aumento de impostos. A começar, por exemplo, pela criação de um imposto sobre a posse de animais domésticos, sobre as viagens ao estrangeiro ou, como muito bem lembrou a dona Manela, sobre os iates. Claro que também podia sugerir o agravamento da carga fiscal sobre os casais que não tenham filhos, mas seria certamente acusado de promover a discriminação dos homossexuais ou, realmente grave, dos casais constituídos por pessoas normais que não conseguem assegurar descendência.
O sr.Sócrates apenas quer dar 200,00 euros por cada filho, mas a massa só pode ser levantada quando o menino(a) fizer 18 anos.
ResponderEliminarAqui ao lado, Zapatero paga 2500 euros...
Não há dúvida, Sócrates apenas pensa nos bancos... ainda vai ser funcionário de algum...
Compadre Alentejano
Oh kruzes, isto não é só uma questão de egoismo. Se por um lado melhoraram as condições de vida, por outro o seu custo acompanhou ou até as ultrapassou. Não existem creches suficientes do estado, uma ama custa aproximadamente 300 euros e uma creche privada o mesmo ( se não mais).Ao mesmo tempo já não existe a vizinha do lado que fica com as crianças e se os pais as deixam 2 horas sozinhas em casa são logo acusados de maus tratos e aparecem nas noticias. Não esquecendo o facto de o abono de familia ter escalões ridiculos que atribuem 33 euros a uma mãe solteira de bebé com 2 anos,porque ganha 800 euros/mês e que, ao mesmo tempo, não pondera que as rendas custam 400/500 euros, as escolas 300 , mais água,luz e telefone, deixando 150 euros para comida, roupa e médicos.Eu tenho meeedo. Muito medo.
ResponderEliminarBesos
Eu que o diga...
ResponderEliminarSou mãe e pai ao mesmo tempo e que ganho eu com a política do Sr. Sócrates?!
Rien de rien!
Bem lá subiu de 20€ por cada filho para 25€, por mês...
É com isto que vou mantê-los?!
Cá nada! Nem chega para os cereais...
Boom na algibeira de uns...
Pummmmmmmmm (tiro) na carteira de outros!
MFCC