Quando, no início da década de noventa do século passado, o Iraque invadiu o Kuwait e a televisão começou a mostrar ao Mundo o então Presidente do Iraque Saddam Hussein, nessa altura em plena forma e ostentando um farfalhudo bigode, causou-me alguma perplexidade constatar que todos os que o rodeavam, ministros e afins, exibiam uma igualmente vistosa bigodaça. Fácil me foi concluir que estaríamos perante uma evidente prova de culto do líder.
Em Portugal poucos anos depois caía o cavaquismo. António Guterres e a sua propensão para o diálogo iniciava um novo ciclo na vida política portuguesa em que o importante era dialogar. De preferência muito. Esta prática generalizou-se e não havia nem uma triste alma ligada a qualquer espécie de poder que não manifestasse, à semelhança do líder, um inusitado interesse em dialogar, mesmo que os interlocutores evidenciassem uma reduzida vontade de o fazer.
Sócrates, em 2005 chegou ao poder e impôs um novo estilo. Menos dialogo, mais acção, arrogância e um autoritarismo pouco visto em democracia são atributos do novo líder que depressa contagiou os seguidores que rapidamente abandonaram as tendências dialogantes que antes ostentavam e passaram a adoptar os comportamentos do chefe. Nada que se estranhe ou surpreenda se atentarmos nos antecedentes.
Com os novos comportamentos, socialmente cada vez mais aceites, não me surpreenderia se, à semelhança do que já acontece num ou noutro país, Portugal vier a ter num futuro não muito distante um primeiro-ministro paneleiro. Nem me causaria grande espanto que, a verificar-se essa circunstância, o seu exemplo fosse amplamente seguido pelos seus correligionários.
Que mal havia se tivéssemos um primeiro ministro homossexual? Se trabalhasse melhor do que os heterossexuais que nos têm governado, era muito bem vindo. O que ele fizesse depois na intimidade não teríamos nada a ver com isso, tal como não temos com qualquer pessoa.
ResponderEliminarPorém, duvido que numa sociedade ainda tão fechada, algum homossexual conseguisse fintar a discriminação.
Nenhum. Não havia mal absolutamente nenhum. Apenas quis realçar que acho curiosa esta mania de imitar o estilo do líder. Seja nos bigodes ou noutra coisa qualquer.
ResponderEliminarOs que imitam os lideres são aqueles que nem sequer têm vontade própria. O problema é que não é só no estilo, muitas vezes é também na incompetência.
ResponderEliminarMas agora estou a rir só de imaginar a situação, tudo a imitar o lider na sua opção sexual.
Somos ou não somos 1 país de mente aberta?
ResponderEliminar- "nim" tradução = sim e não (talvez).
Eu aceitava de boa mente que tivessemos um governo homossexual (femenino ou masculino), desde que este soubesse governar BEM!
Agora quanto aos seus seguidores (entenda-se como Ministros)...? Isso já era com eles!
Imitem os Leaders nas:
- Boas acções
- Igualdade
- Democracia
- Bom governo
- Honestidade
- Boa gestão
- Sapiência (sabedoria)
É nisto que devemos ter seguidores aos leaders!
Mas, "seguidores" temos em tudo, a moda explica isso; andamos todos parecidos só mudam as cores e as Marcas (griffes) e claro os corpos e pessoas.
MFCC