Um jornal diário de expansão nacional tem nos últimos tempos dedicado muito do seu espaço ao escrutínio do património dos autarcas. Embora isso possa desagradar aos visados, trata-se de um salutar exercício de cidadania só possível em regimes democráticos e onde quem é eleito e pago para nos governar tem obrigação de ter uma conduta acima de qualquer suspeita. A bem da própria democracia, da transparência e da credibilidade das instituições.
Na edição de hoje do dito jornal o alvo é uma Presidenta de Câmara, relativamente menos jeitosa do que aquela a quem me refiro no post de ontem apesar de não ser nenhum estafermo, que revela uma falta de memória preocupante. A acreditar no que é publicado a senhora não consegue recordar se o valor inscrito - três milhões e setecentos mil - na declaração entregue ao Tribunal de Contas referente aos rendimentos auferidos nos anos de 2002 e 2004 são euros ou contos...
A diferença parece-me significativa e bem capaz de ser coisa para não esquecer nem ao mais distraído. Embora, por aquilo que tenho tido oportunidade de constatar desde que estes rendimentos têm vindo a ser divulgados, quando o assunto envolve dinheiro, rendimentos ou impostos a memória dos autarcas – e se calhar dos políticos em geral – revela-se muito, mas mesmo muito fraquinha.
Quando as pessoas são sérias, tudo isso são factos pouco relevantes...
ResponderEliminarAbraço para Estremoz.