quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Voltar a esturrar, que é o que melhor sabemos fazer!



Que nada aprendemos com esta alegada crise, já se sabia. Que não apreciamos quem gere o dinheiro público com rigor e administra a coisa pública com parcimónia, também. É por demais conhecida a nossa incapacidade de nos governarmos e a aversão a deixarmos que nos governem. Os últimos meses do ano agora findo, particularmente as derradeiras semanas, foram disso um exemplo flagrante. Com a expectativa de ver a troika pelas costas – assinalada com relógio e tudo – não falta quem volte a deitar os pauzinhos de fora. Entre outros exemplos salientem-se as festas de fim-de-ano, as luzinhas de natal ou o foguetório com o alto patrocínio de autarcas desejosos de voltar a fazer dividas por tudo quanto é sitio. E a malta gosta. Aplaude. Exige. E alguns pagam. Os do costume, no caso.

6 comentários:

  1. Havendo procura há sempre oferta. Cada um é livre de festejar como entende...mas já não entendo as câmaras estarem a cortar verbas para coisas essências e a estourar no que referes.

    Não fui, não vou e longe vão os tempos que festejava no quintal dos meus pais ou numa outra garagem qualquer, cada um levava o que podia e depois iamos para a praia.

    Este ano como nos anteriores nem dei pela meia noite:)

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    1. Cada um, naturalmente, festeja como pode ou quer. Só não me parece bem que nisso esteja envolvido dinheiro público. Dos meus impostos, portanto.

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  2. Oh KK, as pessoas já pagam tantos impostos, não têm trabalho, tudo aumenta, podem pelo menos uma vez por ano divertir-se. Pelo que ouvi este ano as despesas com luzes de Natal e afins foram bastante reduzidas. E não se esqueça que também atrai muitos turistas nesta altura do ano. Portanto, não me parece que se deva obrigar as pessoas também à escuridão total, sem uma única luz de Natal nas ruas. Daqui a pouco as depressões começam a aumentar à força toda, e dinheiro para pagar despesas médicas não há. Com o andar da carruagem ficamos todos muito azedos e começamos à dentada uns aos outros. Já faltou mais...

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    1. Claro que se podem - e devem - divertir. Luzes de natal, também acho bem desde que sejam os comerciantes a paga-las. Aliás se são tão boas para levar as pessoas às lojas, dinheiro para isso não deve ser problema...Agora se forem as Câmaras a pagar luzes, festas e foguetes e depois não tiverem - como, por norma, não têm - dinheiro para pagar as dividas e à conta disso as empresas não pagarem os ordenados é que somos capazes de ver gente deprimida até mais não.

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  3. Como dizia o saudoso Perestrelo, "é disto que o meu povo gosta".

    Bom ano.

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    1. Sem dúvida. E nem conseguem perceber que é "o deles" que está a arder...

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