segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Mis gastos son tus ingresos, comprendes?


O recibo do vencimento está, por estes dias, a chegar à caixa de correio electrónico ou, se ainda não for o caso, às mãos de centenas de milhares de funcionários públicos. Sorte a deles, dirão uns quantos ranhosos, é sinal que têm emprego. Talvez. Por mim, na sequência do que já fiz aqui em inúmeras ocasiões, continuo a lamentar a desdita daqueles que, por causa desse mesmo recibo, vão perder o posto de trabalho nos próximos meses. É que isto, por mais difícil que seja de entender a certos cabeçudos, se não há dinheiro não há compras. E se não há compras não há vendas. E se não há vendas não entra dinheiro na caixa. E se não entra dinheiro saem os empregados...Muitos dos quais andam por aí a derramar o seu regozijo pela redução de vencimento dos funcionários públicos. Desconhecem, coitados, aquela velha máxima castelhana que, ajuizadamente, proclama que tus gastos son mis ingresos. Ou o contrário. 

4 comentários:

  1. Tem toda a razão meu caro amigo. São ranhosos, invejosos e burros. Mas é disto é que o meu povo gosta. Contra tudo e contra todos. Os srs. da INTER, principalmente estes, levam essa gente à cegueira, mas eles comportam-se e vivem como principes. Quando não se tem rumo nem objectivos para o País toca a malhar nos funcionários públicos. É o mais fácil.

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    1. Não me canso de dizer que isto é um país de gente burra. Para o bem ou para o mal - admito que se calhar até mais para o mal - nas terras pequenas, que são quase todas, são os funcionários públicos e os reformados que movimentam a economia e que o resto só sobrevive por causa deles. Portanto quando se mexe nestes rendimentos está a afectar-se tudo o resto. Mas há quem seja tão burro, mas tão burro, que não veja uma coisa tão óbvia...

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    2. Subscrevo inteiramente, bem como o comentador e a tua resposta ao mesmo.

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