quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Somos todos Syriza...

A expectativa da vitória do Syriza nas eleições gregas está a deixar muita gente entusiasmada. Até a mim essa quase certeza me deixa à beira da euforia. Não tanto como Marine Le Pen ou Mário Soares, é verdade, mas o meu nível de entusiasmo não deve andar longe dos evidenciados por essas duas figuras que, afinal, terão mais em comum do que aquilo que suspeitávamos. Pensávamos que, ambos, teriam um qualquer problema na área do raciocínio lógico e da coerência de ideias. Mas não. A coisa é, pelos vistos, muito pior. 
Para mim a vitória dos esquerdistas radicais gregos agrada-me por ir provar uma de duas coisas. Ou corre tudo mal e ficamos, de uma vez, vacinados contra as teses da esquerda ou, pelo contrário, o programa resulta e temos ali um exemplo a seguir. Cá e por toda a Europa.
Só uma coisa me apoquenta. Diz que os gajos do tal Syriza não querem pagar a divida e, ao que parece, o Estado português está entre os credores. Mais mil milhões de euros que poderão nunca mais voltar. Assim como um ou dois bancos nacionais o serão também e de uma quantia igualmente simpática. Ora se eles não pagarem desconfio que, por cá, alguém vai ter de calafetar o rombo que o calote provocará nas nossas contas. E, assim de repente e sem vir a propósito, ocorre-me que esse valor corresponde, aproximadamente, à despesa com o subsidio de natal da função pública... 

4 comentários:

  1. Diz-se cá pelos Açores que a curiosidade matou o gato... neste caso tenho precisamente a mesma curiosidade de ver a esquerda radical no terreno, assumo o egoísmo, de preferência à distância para descobrir como funciona na prática.

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    1. Também estou curioso para ver o que sai dali. Ainda que não me pareça que saia grande coisa...

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  2. Assim como um ou dois bancos nacionais o serão também e de uma quantia igualmente simpática.

    Que bancos amigo?

    A meu ver e que não percebo lá grande coisa da coisa...deveria ter renegociado a dívida, dívida que está sempre a aumentar em vez de diminuir...porque quer para estes gajos e afinal para todas as cores políticas é mais fácil irem buscar dinheiro aos bolsos de todos, repito de TODOS os portugueses do que fazerem a verdadeira reforma do Estado, que para mim começaria por uma razia total - irem para uma plataforma de requalificação a custo zero e depois que se amanhem - dos milhares parasitas que vivem à nossa custa a começar por Belém e S.Bento, juntas de freguesia e Câmaras.

    Eu sou Fatyly e nunca fui Syrysa e outras coisas que nos impingem com muita pinta!!!

    Beijos rapaz e força aí!

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    1. Renegociar a divida...Se calhar as pessoas que investiram é que são capazes de não achar grande ideia. Por exemplo aqueles malvados - capitalistas nojentos, quase me atrevo a dizer - que investem as poupanças nos títulos e noutros produtos vendidos nos correios. Se calhar eram capazes de ficarem chateados por terem investido mil euros e quando fossem levantar só lá terem quinhentos...

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